O ex-gerente da academia em que Danilo Campos trabalhava quando foi morto em 8 de novembro de 2017, revelou que uma pessoa teria usado sua foto, se passando por ele, e enviando mensagens por meio do aplicativo WhatsApp para alunos da academia para saber sobre o andamento das investigações e do paradeiro de Ane Lise Hovoruski. A informação foi revelada em depoimento nesta segunda-feira (04.07) no Tribunal do Júri.
O empresário Guilherme Dias de Miranda e Walisson Magno de Almeida estão sendo julgados pelo assassinato do personal trainer Danilo Campos.
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Gorbachev Jo Barros Oliveira, ex-gerente da academia que Danilo trabalhava, afirmou que na época, o personal trainer vinha sendo ameaçado por Guilherme Dias em decorrência do relacionamento com Ane Lise, e que após isso o profissional chegou a andar armado.
Ele contou que teria visto algumas das mensagens no celular de Danilo das ameaças, e que Guilherme chegou a ir pessoalmente ao local para ameaçar Danilo, porém, o mesmo não presenciou o fato. Segundo ele, terceiros contaram que a confusão ocorreu no estacionamento da academia.
Gorbachev declarou que no dia do crime, conversou com Danilo no estacionamento da academia e ele se mostrou bastante nervoso ao receber uma mensagem, e em seguida saiu dizendo que teria que resolver uma situação — a morte ocorreu minutos depois. Além disso, disse que após o ocorrido ficou sabendo que Guilherme era estelionatário.
O depoente revelou que após o crime, Ane Lise enviou uma mensagem para ele relatando que uma pessoa estaria se passando pelo mesmo (Gorbachev), usando sua foto por meio do WhatsApp (sem ser seu telefone, usando DDD de São Paulo), para falar com alunos da academia tentando saber sobre o andamento das investigações e também sobre o paradeiro de Anne Lise.
Na época, ele registrou boletim de ocorrência sobre o fato anexando prints das mensagens enviadas por essa pessoa para Anne Lise com sua (Gorbachev) foto. “Na época, ela mandou os prints, mas não falou nada quem poderia ser”, contou.
Outro depoimento
Michele Mayara Leite, que ocupa o cargo de recepcionista da academia em que Danilo trabalhava, disse que não testemunhou nada dos fatos, e que na época do caso de Danilo e Ane, estava de licença maternidade e que apenas ouviu da vítima que o marido de uma aluna chamada Pamela o teria ameaçado.
"Eu disse para a escrivã na delegacia que não presenciei nada disso, porque estava de licença maternidade. Eu disse que tinha ouvido a ameaça, mas do marido da aluna Pâmela. Nunca disse Guilherme e Ane Lise.Na delegacia estava eu e a escrivã apenas", relatou Michele.
Ela reafirmou ser leiga e que só assinou o depoimento porque a escrivã disse que só iria embora da delegacia depois que assinasse o documento.
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