O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, no último dia 14 de novembro, manter a prisão preventiva da cirurgiã-dentista Mara Kenia Dier Lucas, alvo da Operação Escamotes, deflagrada pela Polícia Federal em maio deste ano. A decisão, assinada pelo ministro Messod Azulay Neto, foi publicada nesta segunda-feira, 18 de novembro.
Mara é investigada por suposta participação em um esquema de tráfico de drogas e armas, com atuação em Mato Grosso e outros Estados. Ela é esposa de Flávio Henrique Lucas, apontado como líder da organização criminosa, que também é investigado no âmbito da mesma operação. Conforme o Ministério Público de Mato Grosso, a conduta da investigada Mara Kenia Dier Lucas consistiu em alugar o veículo para ser utilizado no transporte dos entorpecentes.
A defesa de Mara havia solicitado sua liberdade ou, alternativamente, a substituição da prisão por medidas cautelares diversas. No STJ, recorria contra decisão proferida pelo tribunal de Justiça de Mato Grosso, que em sessão do dia 12 de novembro, a unanimidade, negou o habeas corpus.
No recurso ordinário em habeas corpus, os advogados de Mara alegaram constrangimento ilegal na manutenção da prisão preventiva, apontando falta de fundamentação para a medida cautelar. No mérito, a defesa o trancamento da denúncia na parte em que imputa à dentista a prática do crime de financiamento para o tráfico de drogas, como também para revogar a prisão dela, autorizando-o a responder à Ação Penal em liberdade.
No entanto, o ministro Messod Azulay Neto entendeu que a análise detalhada dos elementos do caso será feita no julgamento do mérito da ação. Por ora, o pedido liminar foi indeferido.
A Corte também solicitou informações atualizadas ao juízo de primeiro grau para subsidiar a análise do caso e abriu vista ao Ministério Público Federal para emissão de parecer.
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