O presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, afirmou nessa quinta-feira (10.10) que o Judiciário passa por um período de “fragilidade” em decorrência de acontecimentos que envolvem membros da Corte, e até mesmo pelo avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Congresso que limita o poder do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com ele, existe atualmente uma insatisfação de todo o Judiciário com relação à PEC que tramita no Congresso, mas conforme o magistrado, a única forma de mudar essa realidade é dar “celeridade” nos julgamentos processuais e “trabalhar muito”.
“A insatisfação não é somente do STF, mas do Judiciário como um tudo. Estamos passando por um período de fragilidade. E vamos superar isso somente trabalhando. Mostrando mais trabalho. Dando mais prestação do serviço jurisdicional. Mais celeridade. Para resgatar a imagem do Judiciário, é preciso mais trabalho”, declarou o magistrado.
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Sobre o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho por suspeita de ligação com um esquema de venda de sentenças, Zuquim disse que irá aguardar o julgamento do caso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e que neste momento qualquer avaliação da questão pode se caracterizar “julgamento precipitado”. Contudo, garantiu que o caso “prejudica a credibilidade” do Judiciário perante a sociedade.
“Isso realmente prejudica a credibilidade da instituição, agora não vamos fazer julgamento precipitado. Vamos aguardar que o CNJ apure essa questão. Qualquer julgamento precipitado seria ilógico e incoerente da minha parte”, finalizou.
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