O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia contra a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar da Secretaria de Saúde do Estado (SES-MT), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, o empresário Luiz Gustavo Castilho Ivoglo, e outras 20 pessoas, entre médicos e servidores por suposta participação em esquema de fraude em licitações, que resultou na Operação Espelho – que apura “cartel da saúde”.
O MPE apresentou denúncia também contra o servidor público Marcelo de Alécio Costa; os empresários Osmar Gabriel Chemim, Bruno Castro Melo, Carine Quedi Lehnen Ivoglo, Gabriel Naves Torres Borges, Alberto Pires de Almeida, Renes Leão Silva, Samir Yoshio Matsumoto Bissi; os médicos Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves, Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Luciano Florisbelo, Márcio Matsushita, Sergio Dezanetti, Pamela Lustosa Rei, Nabih Fares Fares, José Vitor Benevides Ferreira.
Ainda consta na lista de denunciados a contadora e professora Alexsandra Meire Perez; Maria Eduarda Mattei Cardoso; Elisandro de Souza Nascimento; e Miguel Moraes da Cruz Suezawa.
Na denúncia, o promotor de justiça Sérgio Silva da Costa, aponta que os empresários Luiz Gustavo Castilho Ivoglo e Osmar Gabriel Chemim, eram os líderes da suposta organização criminosa que teria contratado dezenas de médicos terceirizados, os quais foram incluídos como sócios das empresas para conseguir receber pelos serviços prestados a Secretaria de Saúde do Estado.
O esquema, segundo a denúncia, ocorreu por meio das empresas LGI Médicos Ltda; Intensive Care Serviços Ltda; Surgery MT Ltda; Unigastro; Samir Yoshio M. Bissi Eirelli Me; H.P.L.S. Prestadora Serviços Ltda; Anestec – Medcentro Serviços Ltda; Intimus Vitalle A. Médicas Ltda; Gonçalves Preza –Serviços Ltda; E.G.P. de B. Gonçalves Preza Me; Medtrauma Centro E. O. T., entre outras. O grupo teria dividido contratos para prestação de serviços médicos, gestão de UTI normal, UTI COVID, Clínica Médica e outros setores nos hospitais de Alta Floresta, Colíder, Sinop e Sorriso e arregimentassem outros médicos com as respectivas pessoas jurídicas para controlarem toda a prestação dos serviços.
O empresário Luiz Gustavo Castilho foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato. A secretária-adjunta da SES-MT, Caroline Campos, foi denunciada pelo crime peculato.
O MPE requereu que seja declarada a perda dos cargos públicos de Caroline Campos, do médico Nabih Fares Fares (diretor técnico) e de Miguel Moraes da Cruz Suezawa (superintendente Administrativo e Financeiro). Além disso, pede que os denunciados pague valor de R$ 7.529.752,50 milhões por fraude em licitações e desvios na Saúde; assim como o valor de R$ 50 milhões pelo dano causado à sociedade.
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