O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou quebra de sigilo bancário no exterior em nome do do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do tenente-coronel Mauro Cid e do general da reserva Mauro César Lourena Cid [pai de Mauro Cid]. A decisão foi proferida nessa quinta-feira (17.08), e atende pedido da Polícia Federal, e será efetuado por meio do Acordo de Cooperação Internacional com o Governo dos Estados Unidos.
De acordo com os autos, a quebra do sigilo bancário do ex-presidente tem como objetivo identificar se o ex-chefe do Executivo foi beneficiado com o dinheiro da venda de presentes dados por delegações estrangeiras.
Conforme relatório da Polícia Federal, um relógio Rolex, presente saudita, foi entregue para Bolsonaro e depois vendido nos EUA. O advogado Frederick Wassef, que atuou na defesa do ex-presidente, teria recomprado o relógio para entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU) por um valor maior do que o da venda.
Consta ainda documento com mensagens do tenente-coronel Mauro Cid sobre ter combinado com o pai, o general Lourena Cid, a entrega de US$ 25.000 em dinheiro a Bolsonaro para não fazer “movimentação” na conta do ex-presidente.
No último dia 11 deste mês, a Polícia Federal realizado buscas em endereços de militares ligados a Bolsonaro. Importante destacar que são alvos das investigações o general da reserva Mauro Lourena Cid; o segundo-tenente Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef.
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