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Jefferson postou em uma rede social que policiais fizeram buscas em casas de parentes
Atualizado às 08h53 - A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13.08) o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson por suposta participação do político em uma organização criminosa digital responsável por atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O pedido de prisão partiu da própria Polícia Federal ao Supremo para “fazer cessar a prática criminosa e a obter dados que sejam aptos a promover o esclarecimento dos fatos, seja corroborando, retificando ou mesmo rejeitando a hipótese acima apresentada”.
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Na decisão, o ministro do Supremo ainda determinou o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais e apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
A decisão do ministro está relacionada ao inquérito que tramita no Supremo sobre a existência da chamada “Milícia Digital” em continuidade ao inquérito que apura os atos antidemocráticos.
O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril de 2020 a pedido da própria PGR após manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando inclusive o STF foram realizadas marcando comemorações pelo Dia do Exército em diferentes cidades do país.
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Na manhã de hoje, Roberto Jefferson escreveu em uma rede social que a PF foi na casa de sua ex-mulher para prendê-lo.
“A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu o ex-deputado.
Roberto Jefferson foi preso na cidade de Comendador Levy Gasparian, a cerca de 130 Km do Rio de Janeiro.
Denúncia contra Roberto Jefferson
Na denúncia da Polícia Federal consta que Roberto Jefferson fez reiteradas manifestações proferidas por meio de postagens em redes sociais e em entrevistas concedidas, “demonstrando aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação especializada ora investigada, focada nos mesmos objetivos: atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização e de ódio; e gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república”.
“Extrai-se dos elementos iniciais compilados na informação policial em anexo a indicação de contumácia (habitualidade) de ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO em praticar crimes que, por seu modo de agir, pela frequência de execução e repetição dos argumentos incidiriam em tipos penais caracterizados como crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes, bem como o tipo penal decorrente de integrar organização criminosa, convergente com o contexto da apuração já em curso neste inquérito”, diz trecho extraído da decisão de Alexandre de Moraes.
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