Laudo emitido pela Divisão de Psicossocial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso aponta que a jornalista Nildes de Souza, que se intitula nas redes sociais como “Nildes Federal”, se encontra em sofrimento psíquico devido à confusão que se envolveu no último dia 11, na Praça Popular, em Cuiabá, quando discutiu com um policial militar, jogou cerveja na cara dele e acabou sendo agredida e presa, bem como, pela exposição de sua imagem em evidência na mídia após os fatos. O laudo é assinado por uma assistente social e por um psicólogo.
A equipe sugeriu que a Justiça analise a possibilidade da retirada da tornozeleira eletrônica de Nildes, para não acarretar futuros prejuízos de cunho social e emocional, bem como para ajudá-la a arrumar um emprego para promoção da autonomia financeira e de melhores condições de qualidade de vida.
Consta do Relatório de Estudo Psicossocial, que Nildes pretende se mudar para Cuiabá para iniciar um novo emprego e ela conta com uma boa rede de apoio na região, sendo sua tia Geralda e sua irmã Lívia.
“Tanto Geralda, quanto Lívia, em conversa com esta equipe, se mostraram disponíveis como suporte em qualquer eventual necessidade de Nildes. Entretanto, como a Nildes se encontra neste contexto fragilizado e com grande potencial estressor, esta equipe sugere que ela faça um acompanhamento em um aparato institucional oficial da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), como rege a lei Nº10.216/2001, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), dentro da linha de ação em saúde mental, para que seja acompanhada por uma equipe multiprofissional e que possa, com autonomia, desenvolver juntamente com a equipe um Projeto Terapêutico Singular que se identifique e se aproprie para que possa desenvolver tecnologias próprias para lidar com as suas questões considerando o seu quadro clínico e com esta manutenção, elaborar e assimilar as suas vivências de modo menos angustiante e logo, de modo mais saudável” diz trecho do relatório.
Desta forma, Nildes terá acompanhamento psicoterapêutico, pela Equipe Muldisciplinar, formada por psiquiátrico e de outros profissionais disponíveis e que julgarem necessários. A equipe informa que durante a entrevista, Nildes se demonstrou interessada pela sugestão.
Leia matéria relacionada
Policial que levou “banho de cerveja” é acusado de agredir e ameaçar ex na Praça Popular
Mulher joga cerveja na "cara" de policial e é agredida na Praça Popular; “ela é ex dele” conta amiga
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).