05 de Novembro de 2024
05 de Novembro de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

VGNJUR Domingo, 26 de Junho de 2022, 08:09 - A | A

Domingo, 26 de Junho de 2022, 08h:09 - A | A

RETALIAÇÃO ?

Grupo invade aldeia indígena em MT para vingar morte por suspeita de feitiçaria; MPE irá investigar caso

MPE irá apurar responsáveis por ataque violento

Lucione Nazareth/VGN

O Ministério Público Estadual (MPE) irá investigar um ataque violento de moradores contra indígenas da Aldeia Sacre I, localizada entre os municípios de Sapezal e Campo Novo do Parecis. O pedido foi enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) que declinou da investigação.  

Segundo o procedimento, em 30 de maio de 2021 quatro pessoas, sendo uma delas índio, invadiu a aldeia e atacaram violentamente os indigenistas.  

Consta dos documentos, que o motivo do ataque ainda não se encontra totalmente esclarecido, mas a notícia informa que os responsáveis teriam atacado a aldeia por acreditar que uma moradora do local teria praticado ato de feitiçaria que resultou na morte de um indígena.  

Porém, segundo o procedimento, foi comprovado que a pessoa o qual o grupo tentou vingar a morte na verdade faleceu por complicações resultantes da Covid-19.  

No documento enviado ao MPE, o Ministério Público Federal aponta que apesar dos delitos envolverem indígenas e terem sido cometidos em uma terra indígena (Aldeia Sacre I), a motivação do crime, pelo apurado, não envolve questões culturais ou tradicionais indígenas, tratando-se de crime passional, motivado por retaliação, “que poderia muito bem se dar de modo muito semelhante em outro contexto, que envolvesse apenas não índios”.  

“Não se observa questão de fundo, relacionada à disputa sobre direitos indígenas, que legitime o deslocamento de competência destes para a Justiça Federal. O que há, na hipótese, é crime cometido por indivíduo que, pelo que consta da investigação, imbuiu-se de sentimento de represália, retaliação, por uma motivação puramente pessoal, não por questões que envolvam algum tipo de lesão a direitos indígenas coletivamente considerados. (...) Neste caso, os crimes foram cometidos por terem os autores do fato acreditado que uma pessoa foi morta por feitiçaria, quando, em verdade, sua morte decorreu de complicações da Covid-19. Sendo assim, os crimes praticados () não tiveram conotação de disputa de direitos indígenas coletivamente considerados. Outrossim, o crime não foi praticado para atingir a cultura indígena”, diz trecho do documento do MPF ao declinar da competência para investigar os fatos.  

Leia Também - MPE entra com recurso pedindo condenação de juíza aposentada por usar servidores como babá e motorista

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

Comente esta notícia

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760