A “Operação Ultima Ratio” deflagrada pela Polícia Federal (PF) repercutiu nesta quinta-feira (24.10) no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A operação investiga possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul (TJ-MS).
Com alvos em Cuiabá, Campo Grande, Brasília e São Paulo, a PF cumpriu 44 mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete de cinco desembargadores da Corte estadual e de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.
A presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva, afirmou em entrevista ao , que o Poder Judiciário de Mato Grosso está à disposição das autoridades para prestar esclarecimento. Segundo Clarice, o TJMT ainda não foi notificado.
“Temos essa operação da Polícia Federal e nós ainda não sabemos ao certo, não fomos notificados. Não sei a extensão, mas estamos à disposição e atentos para o que o Tribunal possa contribuir, nós estamos absolutamente à disposição das autoridades”, declarou Claudino.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que também participou de evento no TJMT, cobrou a apuração na denúncia, que resultou no afastamento de cinco desembargadores por suspeita de venda de sentenças no Mato Grosso do Sul.
“Sempre é muito ruim. O próprio Judiciário determina uma intervenção dessa, que provavelmente alguma coisa deve existir nos autos que levaram essa determinação. Vamos esperar, mas com certeza todos nós brasileiros lamentamos e aguardamos a apuração para que nada disso fique na impunidade”, declarou Mendes.
Alvo em Cuiabá
Segundo o jornal A Gazeta, um dos alvos é Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista que trocava mensagens com o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro de 2023. A equipe da PF chegou na casa dele, no condomínio de luxo Alphaville
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