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VGNJUR Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 10:01 - A | A

Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 10h:01 - A | A

novo cangaço

Faccionado é condenado por passar trote e roubar aeronave em MT

Assaltantes passaram trote e roubaram um avião monomotor Cessna em município de MT

Lucione Nazareth/VGNJur

Moisés Lopes Mendes, vulgo “Neguinho”, foi condenado a 11 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, por integrar organização criminosa responsável por roubar uma aeronave em Cotriguaçu, a 520 km de Cuiabá, e por praticar outros crimes como tráfico de drogas e homicídios. A decisão foi assinada nessa quinta-feira (31.10) pelo juiz da 7º Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra.

O magistrado também condenou outro suposto membro da facção, Thiago Willian da Silva Freitas, a 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão, em regime semiaberto.

De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), eles integram a suposta organização criminosa, comandada por Djalma de Paula da Silva, vulgo “Chacal”, o qual seria envolvido com a prática de crimes na modalidade "novo cangaço". O suposto líder estaria ainda na região de Cuiabá em pleno ajuste e preparação para futura ação de roubo a instituições financeiras do Estado.

No decorrer das investigações, foi possível detectar, por meio de interceptações telefônicas, que a organização criminosa também agia na prática de roubos, adulteração e receptação de veículos e maquinários, bem como tráfico de entorpecentes e crimes contra a vida.

A denúncia cita que foram 10 períodos de interceptação telefônica que, aliados a inúmeras diligências de campo, culminaram com a identificação de vários integrantes da organização criminosa, bem como o modus operandi utilizado pelo bando.

Entre os crimes praticados pela organização criminosa, é citado o roubo da aeronave Cessna Aircraft/210, no dia 07 de março de 2015, na cidade de Cotriguaçu, a apreensão de 80 kg de maconha na cidade de Sinop, além de homicídios e outros.

Investigações sobre o roubo da Aeronave

Durante as investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e as diligências investigativas comprovaram que 19 pessoas foram as responsáveis pelo roubo da aeronave e que provavelmente utilizariam o avião para incrementar o tráfico de drogas.

Na ocasião, piloto e copiloto foram contratados para transportar um suposto doente de um hospital de Cotriguaçu para a cidade de Alta Floresta. Ao aterrissarem na pista de pouso local, a dupla foi rendida por homens armados que já aguardavam na pista. As vítimas foram amarradas, colocadas em um veículo e levadas para uma região de mata, onde permaneceram.

Em 14 de dezembro de 2015, 15 pessoas foram presas por envolvimento no roubo da aeronave. 

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