O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou a ex-primeira-dama, Roseli Barbosa, e outras três pessoas réus pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro por participação em suposto esquema na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). A decisão é dessa quinta-feira (15.02).
De acordo com denúncia do MPE, existia desde 2011 [quando Roseli assumiu a pasta] um esquema de superfaturamento em contratos de convênios feitos pela Setas com instituições sem fins lucrativos de fachada para programas de qualificação e ensino profissionalizante para pessoas carentes. A acusação foi feita com base nas provas obtidas na Operação Arqueiro deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em abril de 2014, cujo alvo é um rombo de mais de R$ 8 milhões na pasta.
Conforme consta dos autos, Roseli teria recebido vantagem indevida em espécie no período de 2011 e 2012, no valor total de R$ 210.000,00; assim com o valor de R$ 776.368,00 através de transferências bancárias em nome de pessoas jurídicas interpostas pertencentes ao empresário Paulo César Lemes. O valor total da suposta propina paga a ex-primeira-dama seria na ordem de R$ 986.368,00.
Além dela, são réus na ação penal Paulo César Lemes [que fez acordo de delação com o MPE e detalhou esquema de desvios de dinheiro da Setas]; o ex-assessor especial da Setas, Rodrigo de Marchi; e a ex-servidora Carlina Maria Rabello Leite.
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