Cruzamento de informações entre as prestações de contas parciais apresentadas pelos candidatos das Eleições Gerais de 2022 e os dados de órgãos de fiscalização da Administração Pública, como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) e a Polícia Federal, apontou doações a candidatos de pessoas beneficiárias de programas sociais do Governo ou com renda incompatível com o valor doado.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, que recebeu a primeira análise das contas nessa quinta (22.09), também foram detectados 190 casos de doadores desempregados e seis que constam como falecidos.
Ainda conforme o TSE, despertou o interesse dos analistas 10.296 situações em que um mesmo candidato recebeu numerosas contribuições feitas por diferentes empregados de uma mesma empresa.
O Ministério Público Eleitoral investiga as doações e gastos questionáveis. O TSE informa que "caso forem constatadas irregularidades após o levantamento de provas materiais e de informações mais aprofundadas, poderão virar processos a serem analisados pela Justiça Eleitoral".
Contudo, a Justiça Eleitoral não revelou em qual Estado, nem em qual prestação de contas, as irregularidades foram detectadas.
O cruzamento mostrou ainda que mais de 59 mil casos de doações e gastos potencialmente irregulares, que perfazem um total de mais de R$ 605 milhões de transferências questionáveis, foram detectados. Leia mais: Justiça detecta mais de R$ 605 milhões em transferências questionáveis na campanha eleitoral
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