Rodinei Crescêncio
Defesa afirma que ex-chefe de gabinete esteve no banco que fica na avenida Barão de Melgaço e não nas dependências da Prefeitura
O ex-chefe de gabinete da Prefeitura, Antônio Monreal Neto, preso na Operação Capistrum, não teria descumprido a medida cautelar imposta pela Justiça e “visitado” a Prefeitura Municipal. A informação é da defesa dele, patrocinada pelo advogado Francisco Faiad.
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Luiz Ferreira da Silva, em resposta ao ofício emitido pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas, afirmou que Monreal teria descumprido a medida.
“Eis que o rastreamento de sua tornozeleira eletrônica teria demonstrado que ele foi à Prefeitura Municipal de Cuiabá mesmo após ter sido advertido da determinação proibitiva, asserindo, por imprescindível, que tão logo essa informação seja juntada aos autos será aberto vista ao Ministério Público para manifestação”, diz trecho dos autos, em que o magistrado cita que espera a informação ser juntada aos autos para intimar o Ministério Público a se manifestar.
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Porém, em petição protocolada na ação a defesa Antônio Monreal afirma que a informação é inverídica, afirmando que desde o dia da Operação Capistru, deflagrada em 19 de outubro, o ex-chefe de gabinete “não comparece a Prefeitura Municipal e nem qualquer órgão vinculado à mesma”.
A defesa relata que tem conhecimento quais são as implicações que podem ocorrer no caso de descumprimento de uma cautelar e que jamais a desobedeceria.
Ao final, afirma que o local mais próximo que Monreal esteve da sede da Prefeitura foi “no Banco Bradesco, localizado na rua Barão de Melgaço, no Centro de Cuiabá na data de 08 de novembro às 14h54, para pagar o boleto do financiamento de seu apartamento, que é pago naquela agência, onde o mesmo possui sua conta corrente”.
Na petição, para provar o alegado, a defesa requereu que seja requisitado do banco a gravação realizada com a câmara existente no interior da agência, assim como cópia da gravação de câmara existente na Prefeitura de Cuiabá - posto que o ex-chefe de gabinete “tem consciência tranquila de que jamais esteve naquele prédio”.
Além disso, requereu à Central de Monitoramento do Estado de Mato Grosso, um relatório da localização de Antônio Monreal no período detalhado nos autos para demonstrar a inexistência de visita à Prefeitura Municipal, como alegado pelo desembargador.
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