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VGNJUR Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 09:21 - A | A

Terça-feira, 12 de Novembro de 2024, 09h:21 - A | A

Operação Gomorra

Desembargador mantém prisão de empresário, mas solta familiares acusados de integrar esquema

Eles são acusados de integrar esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT

Lucione Nazareth/VGNJur

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Helio Nishiyama, manteve nessa segunda-feira (11.11) a prisão do empresário Edézio Correa, acusado de liderar um esquema de fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. A decisão atendeu pedido do Ministério Público Estadual (MPE). O processo está em sigilo.

De acordo com informações da assessoria do MPE, na decisão, Helio Nishiyama ainda revogou a prisão dos demais investigados no esquema, sendo eles: a esposa de Edézio, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição; a irmã dele: Eleide Maria Correa; os sobrinhos Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva; e a sócia: Karoline Quatti Moura.

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Todos eles haviam sido presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada no último dia 07 deste mês pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). De acordo com as investigações, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais.

O MPE aponta que o esquema está relacionado a quatro empresas, sendo elas Centro América Frotas Ltda., Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda., Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda. e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda., que teriam sido criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesas, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço um dos principais alvos das fraudes.

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