A Advocacia-Geral da União ((AGU) vai cobrar da ex-senadora Selma Arruda os custos da eleição suplementar realizada no último dia 15 de novembro, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TER/MT). Na ocasião, Carlos Fávaro (PSD) que já estava como senador interino desde abril, foi eleito com 371.857 votos. De acordo com Advocacia-Geral, o argumento é que a escolha do novo senador só ocorreu devido à cassação de Selma por crime eleitoral.
Embora tenha se notabilizado pela mão dura na aplicação da lei penal a ponto de inventar para si o apelido de "Moro de saias" quando ainda era juíza, em sua candidatura ao Senado, Selma Arruda (PSL/MT) fez quase tudo o que não podia, “financiou a campanha com dinheiro emprestado de seu candidato a suplente, omitiu a origem dos valores, se autofinanciou em limite superior ao permitido por lei e começou os gastos de campanha mais de seis meses antes do permitido”.
Ao votar pela cassação de Selma, o ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral, apontou que Gilberto Possamai (suplente) emprestou R$ 1,5 milhão para que a senadora gastasse em sua campanha, e ela própria doou para si R$ 180 mil. Ambas as operações foram ilegais: segundo o artigo 18 da Resolução 23.553/18 do TSE, candidatos só podem emprestar dinheiro de bancos; e o valor do autofinanciamento foi acima do permitido em lei, de 10% da renda declarada do ano anterior. No caso da senadora, a renda declarada foi de R$ 283,9 mil.
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