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VGNJUR Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2022, 15:55 - A | A

Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2022, 15h:55 - A | A

caso Toni Flor

Acusado de intermediar morte de empresário pediu perdão para esposa na delegacia: “não queria ter feito isso”

Esposa relatou que ele mostrou arrependido de ter participado no crime

Lucione Nazareth/VGN

Dieliton Mota da Silva, apontado como intermediador na contratação do pistoleiro para matar o empresário Toni da Silva Flor, em 11 de agosto de 2020, pediu desculpas à esposa e se mostrou arrependido de ter participado no crime. A informação foi revelada pela esposa do réu em depoimento na audiência desta quarta-feira (23.02), por meio de videoconferência.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Dieliton Mota auxiliou o amigo Wellington Honório Albino (também réu na ação) para encontrar a pessoa para matar Toni Flor. Consta da ação, que eles foram procurados por Ediane Aparecida da Cruz Silva, amiga de Ana Claudia Flor – apontada como mandante do crime. O assassinato foi cometido por Igor Espinosa pelo valor de R$ 60 mil.

Em depoimento nesta quarta (23), na qualidade de informante, a esposa de Dieliton, afirmou que o marido é usuário de maconha, mas que ele nunca a agrediu fisicamente e que eles apenas tiveram agressão verbal. Ela o classificou como “bom marido”, e que ele sempre ajudou a manter a família trabalhando seja trabalhando como garçom, barbeiro ou fazendo “bicos”.

Questionado sobre o que o marido pensava em relação a agressão contra mulher, a esposa afirmou que ele abominava o fato. “Como pai que ele é, temos um filho de cinco anos e agora temos uma filha. Eu creio que ele abomina agressão contra mulher. Acredito que ele não vai aceitar”, declarou.

Ela contou que ficou separado de Dieliton por cerca de 20 dias, e que somente tomou conhecimento da participação do marido na morte de Toni Flor quando os policiais foram até a residência do casal para cumprir mandado de prisão.

“Na delegacia ele só pediu perdão pelas coisas que tinha feito em relação a nós, grosseira, essas coisas. Ele admitiu o que fez e disse que não queria ter feito. Não deu tempo para falar muita coisa. Foi uma coisa rápida em que eles o deixaram ver as crianças”, relatou.

Sobre o período que o marido está preso, a mulher contou que apenas tratou com Dieliton, durante as videochamadas na penitenciária, de questões relacionadas aos filhos, das contas da casa e sobre um terreno da família para vender com objetivo de pagar advogado. 

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