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VGNJUR Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2022, 17:10 - A | A

Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2022, 17h:10 - A | A

em audiência

Testemunha nega ter ouvido confissão de crime; defesa de Ana Flor pede investigação contra delegado

Promotor pediu abertura de inquérito para apurar crime de falso testemunho

Lucione Nazareth/VGN

Apontada como principal testemunha da morte do empresário Toni da Silva Flor, em 11 agosto de 2020, Cristiane Silva negou que tenha ouvido qualquer confissão do crime por parte do suposto executor, Igor Espinosa. Em depoimento, ela disse que apenas confirmou a versão apresentada pelo delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcel Oliveira. As declarações ocorreram durante audiência nesta segunda-feira (21.02).

Cristiane contou que conheceu Igor Espinosa em uma festa, mas que apenas obteve contato com o mesmo para arrumar um emprego — e que diante disso tiveram uma relação, não informando qual seria.

Sobre o depoimento prestado ao delegado Marcel Oliveira, a testemunha negou que tenha contado que ouviu de Igor a confissão do cometimento do crime, e que apenas confirmou o que o delegado havia questionado e depois assinou ata de depoimento.

“Eu conheci Igor em uma festa, e apenas falei com ele para arrumar um serviço. Sobre o depoimento, eu apenas confirmei o que o delegado me perguntou. No salão estava cheio de clientes e queria apenas ir embora”, relatou, revelando que o delegado havia dito, que caso ela não assinasse o documento seria aberto um inquérito contra ela (Cristiane).

O promotor de Justiça, Samuel Frungilo, chegou a questionar Cristiane sobre a possibilidade de ter sido ameaçada, pelo fato dela estar presa com Ana Claudia Flor na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Ela (Cristiane) está detida há pouco mais de mês acusada do crime de tráfico de drogas. Porém, ela negou qualquer ameaça por parte de Ana Cláudia, e que não conversou antes da audiência com ela.

Ao final, o promotor pediu instauração de inquérito para apurar crime de falso testemunho por parte de Cristiane Silva. O advogado de Ana Claudia Flor, Jorge Henrique Franco Godoy, pediu instauração de inquérito contra o delegado Marcel Oliveira por suposto abuso de autoridade.

Depoimento do delegado  

Em seu depoimento, Marcel Oliveira, contou que o primeiro caminho foi investigar a suposta morte de Toni Flor por engano. A primeira versão era de que ele havia sido confundido com um policial rodoviário federal. Porém, segundo ele, em depoimento Michel (o policial) negou a possibilidade de engano afirmando não possuir mais o carro e também relatou divergência quanto a cor do veículo.

Sobre a prisão de Igor Espinosa, o delegado relatou que investigações apontaram uma pessoa de nome Igor que namorava uma pessoa chamada Ediane, e que antes do crime havia rompido a tornozeleira eletrônica; e que as testemunhas que haviam avistado o suposto executor, teriam reconhecido semelhanças entre Igor e o assassino.

Na delegacia, Igor confessou todo o crime e relatou que no dia da morte de Toni Flor — estava em frente da academia desde às 06 horas da manhã, entre outros fatores que somente a pessoa que conhecia o cronograma do crime teria conhecimento.

Durante o interrogatório, ele revelou que Wellington e vulgo Maquê (Dielinton) teriam intermediado o crime a pedido da esposa da vítima. Ele detalhou todo o inquérito policial, os depoimentos dos acusados e demais testemunhas relatando que o crime foi encomendado por Ana Claudia Flor.

Nas interceptações telefônicas, a empresária revelou ter pago R$ 4 mil para uma pessoa dentro da DHPP, para saber sobre o depoimento de Igor Espinosa, e havia realizado o crime para proteger um dos supostos amantes. Além disso, no dia da prisão de Igor Espinosa, a empresária ligou para mãe de Toni Flor afirmando que deveria matar o executor do crime porque ele não ficaria preso e iria sair da cadeia por não ter mandado de prisão — e que a detenção ocorreu apenas por ele romper a tornozeleira eletrônica.

Ainda, segundo o delegado, nas interceptações telefônicas, ela chegou a dizer que deveria contratar um pistoleiro para matar Igor Espinosa.

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