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VGNJUR Sexta-feira, 03 de Dezembro de 2021, 16:12 - A | A

Sexta-feira, 03 de Dezembro de 2021, 16h:12 - A | A

Sequestro forjado

Empresária alega “chantagem” de ex-amante: “ele precisava quitar uma dívida com facção”

Hilux seria vendida por R$ 10 mil

Rojane Marta/VGN

Reprodução

Ruana

  Ruana Sabrina Furtunato de Freitas

 

A empresária Ruana Sabrina Furtunato de Freitas, em depoimento à Polícia, contou que forjou seu sequestro em conluio com suposto ex-amante, identificado como “Bilico”, para arrumar dinheiro para quitar uma dívida com uma facção criminosa.

Ruana revelou que teve um caso amoroso com “Bilico”, que é ex-funcionário da empresa de seu marido e que há duas semanas, vem sofrendo chantagens dele, onde ele pede dinheiro para não revelar a seu marido e para toda sua família o caso amoroso dos dois. Bilico precisava do dinheiro para quitar uma dívida com uma facção criminosa, segundo contou a empresária.

Consta do interrogatório que Ruana disse para Bilico que não tinha dinheiro e que de valor só tinha a camionete Toyota Hilux. Então, conforme ela, Bilico ligou na quarta (1º/12), e mandou ela levar a camionete até ele e que se ela não o fizesse ele iria até à casa dela e pegaria de qualquer forma.

Segundo Ruana, “temendo pelo que fosse acontecer, acabou por levar o carro até Bilico”, em um Posto de Combustível que fica na entrada do bairro 13 de Setembro. No local, Ruana relatou que Bilico informou que o carro seria entregue para um pessoal por R$ 10.000,00 e que com esse dinheiro pagaria uma dívida que tinha com "a família", se referindo a facção Criminosa Comando Vermelho.

Conforme a empresária, eles ficaram no posto por algum tempo, todavia não deu certo a entrega, pois o "pessoal" disse que tinha muita polícia e que era para ficar com o carro até quinta (02.12) a tarde, onde pegariam em um outro local.

Na sequencia, conforme relatou, ela e Bilico foram para um motel em Cuiabá, para esperar a entrega do carro e não serem localizados pela polícia. No motel a empresária disse que Bilico foi ameaçado pelos "irmãos da família", onde supostamente disseram que ele e ela já estavam sendo procurados.

Foi no motel que Bilico teria enviado vários áudios e até vídeos para o marido da empresária dizendo que estava com ela e que não deveria chamar a polícia, pois liberaria ela logo de manhã.

Contudo, por volta do meio dia de quinta, Bilico ficou sabendo das notícias do desaparecimento de Ruana e que já falavam de sequestro, dessa forma ele ligou para alguém que foi buscá-lo.

Já Ruana, deixou o motel dirigindo o carro normalmente, momento em que foi abordada pela Polícia, nas proximidades do motel na Estrada do Moinho.

Porém, relatório da investigação policial apontou que além de Bilico, Ruana forjou seu sequestro e o roubo da camionete, com "Kelvim". Áudios foram juntados aos autos onde confirmam a farsa e que todo o esquema foi arquitetado pela suspeita.

Em seu relatório que pediu a prisão de Ruana, o delegado responsável pelo caso, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira ressaltou que a suspeita demonstrou ser uma pessoa fria, dissimulada e calculista e que o falso sequestro mobilizou diversas unidades das polícias civil e militar, gerando um prejuízo para o Estado e toda a sociedade.

A empresária chegou a ser presa em flagrante, mas foi solta nesta sexta (03.12), em audiência de custódia. Leia mais: Juiz manda soltar empresária de VG acusada de falso sequestro

REGISTRO DE BO

Na madrugada de quinta-feira (02.12), o marido da suspeita procurou o plantão da 1ª Delegacia de Várzea Grande e registrou um boletim de ocorrência informando que estavam em uma festa, no bairro Nova Várzea Grande, quando sua companheira foi em uma distribuidora de bebidas conduzindo sua caminhonete Hilux e não retornou.

Logo depois, ele recebeu imagens que supostamente mostravam a mulher encapuzada, sendo mantida em cárcere privado. Diante da possibilidade de um suposto sequestro, a Gerência de Combate ao Crime Organizado passou a apurar a ocorrência e iniciou diversas diligências para esclarecer o crime.

No final da manhã de quinta, a investigação apontou que a camionete Hillux estava na região do Coxipó. Então, equipes da unidade foram ao local indicado e encontraram o veículo, sem a placa traseira, e conduzido pela, até então, vítima. Ela foi abordada quando dirigia a camionete na avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho).

Em entrevista preliminar com os investigadores, ela entrou em contradição várias vezes. Conduzida para a Gerência ela acabou confessando que forjou o sequestro e o roubo do veículo.

 

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