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VGNJUR Sábado, 16 de Julho de 2022, 08:00 - A | A

Sábado, 16 de Julho de 2022, 08h:00 - A | A

em 24 horas

Com água "podre” nas torneiras, moradora de VG aciona Justiça contra DAE e construtora

Moradores pedem conserto necessário para que seja reestabelecido fornecimento de água potável e de qualidade no conjunto habitacional

Lucione Nazareth/VGN

Uma moradora do Residencial Santa Barbará, localizado na região do Parque do Lago, em Várzea Grande, entrou com ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para que o Departamento Água e Esgoto (DAE/VG) e a Construtora Irmãos Lorenzetti Ltda, providenciem solidariamente, no prazo de 24 horas, a adequação e conserto necessário para ser reestabelecido o fornecimento de água potável e de qualidade aos moradores do conjunto habitacional.

No pedido, a moradora requer aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil em caso de descumprimento da medida, “visto que até a presente data a água continua com mau cheiro, escura, ou seja, continua contaminada, sem condições de uso humano, situação essa que vem causando danos e prejuízos incalculáveis aos moradores”.

“A não concessão da tutela de urgência implica na indigna, injusta e ilegal condição do demandante em consumir e utilizar água podre - imprópria para consumo e utilização, pois mesmo após centenas de reclamações por parte das 1.424 mil famílias que residem no conjunto habitacional, nenhuma das rés (DAE e construtora) se dispuseram a resolver o problema. Pelo contrário, o que o DAE fez, foi aumentar a quantidade de cloro na água, desencadeando ainda mais um processo de alergias, coceiras, quedas de cabelos e outros problemas de saúde dos moradores”, diz trecho da ação.

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Entenda - Na ação, a moradora N.M.K narrou que as unidades habitacionais do Residencial Santa Barbará foram entregues em agosto de 2020 e desde os primeiros dias em sua nova moradia, percebeu que a água no local tinha um forte odor e apresentava coloração escura; mas até então achavam que o problema era passageiro e poderia ser pela falta de utilização, já que os imóveis estavam sendo entregues naquela época. Contudo, os meses foram passando e a questão da água, conforme a moradora se tornou um problema tão crítico que já havia se tornado um pesadelo.

“Pesadelo esse caracterizado não somente pelo mau cheiro e coloração da água, mas sim pelas consequências que o consumo e utilização dela trazia, visto que o fornecimento da água ainda continua com forte odor e escura, ou seja, parecendo água de esgoto. (...) Além da parte autora, inúmeros outros relatos dos moradores que logo após se mudarem para o local e começarem a consumir o liquido tão precioso, começaram a apresentar alergias, coceiras intensas pelo corpo logo após tomar banho, queda de cabelo além do normal, presença de dermatites e micoses, dores estomacais, infecção intestinal e feridas pela pele, questões de saúde que jamais haviam tido até então”, diz trecho extraído do pedido.

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A moradora destacou que autora é idosa, o que segundo ela, “agrava ainda mais a situação, visto precisar de uma necessidade constante de água limpa, tanto para o banho, quanto fazer a alimentação, lavar roupas”.

Ainda segundo ela, foram realizadas inúmeras reclamações por parte dos moradores junto ao Departamento de Água e Esgoto, sendo que autarquia municipal informou que não havia problema algum com a água e deveriam entrar em contato com a construtora Lorenzetti.

“A partir desse momento começou o jogo do empurra-empurra, em que ninguém assume a responsabilidade pelos prejuízos que os moradores estão tendo pelo consumo e utilização da péssima qualidade da água, razão pela qual foi contratado pelo pelos administradores do residencial, uma empresa especializada para fazer análise técnica do líquido que estava indo direto para os apartamentos do Residencial Santa Barbara, pois o gosto da água era ruim, o cheiro podre que vinha da água parecia de esgoto e a coloração do líquido estava amarelado, conforme comprovado através dos vídeos carreados no processo, de testemunhas (moradores), bem como por meio das inúmeras reportagens, amplas e detalhadas sobre os problemas apresentados, comprovando os fatos aqui narrados”, diz outro trecho da ação.

Nos autos, constam ainda laudo elaborado por empresa privada onde constou que água não atende aos requisitos técnicos exigidos, presente (Coliformes Totais).  

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