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VGNJUR Terça-feira, 02 de Agosto de 2022, 09:24 - A | A

Terça-feira, 02 de Agosto de 2022, 09h:24 - A | A

Tiros pelas costas

Viúva pede para ser assistente de acusação contra Paccola

Ontem (1º.08) completou um mês da morte de Japão

Rojane Marta/VGN

Janaina Sá, viúva do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, o Japão, ingressou com pedido na Justiça para ser assistente de acusação contra o vereador Marcos Paccola, em ação penal movida pelo Ministério Público de Mato Grosso.

O MPE denunciou Paccola por homicídio qualificado, motivo torpe, mediante disparos de arma de fogo, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Paccola matou com três tiros pelas costas o agente socioeducativo em 1º de julho de 2022, por volta das 19h40min, na via pública, em Cuiabá.

O pedido de Janaina para ser assistente de acusação do MPE foi protocolado ontem (1º.08), dia em que completou um mês da morte do seu companheiro.

Caberá ao Ministério Público decidir se aceita ou não a viúva como assistente de acusação.

Denúncia – Nos autos o MPE alega que, os três disparos de arma de fogo foram deflagrados nas e pelas costas da vítima, que não notou a presença de seu agressor, de maneira que lhe foi subtraída e impossibilitada qualquer chance de defesa.

Para o MPE, Paccola agiu no intuito de se autopromover como herói. “Neste aspecto, importante destacar e rememorar que o ora denunciado, ao visualizar que uma situação anômala ocorria, determinou que seu assessor parlamentar/motorista deixasse seu veículo atravessado na faixa da avenida Filinto Muller, praticamente interrompendo o fluxo total da referida via, com o claro propósito de que sua presença e ação pudesse ser notada por um maior número de pessoas, momento em que se dirigiu ao local em que a vítima se encontrava, colocando-se na posição de autoridade que ali estava para “colocar ordem na situação”, o que acabou por descambar para uma desnecessária execução da vítima. Há, portanto, evidências de que agiu na expectativa de que sua ação homicida lhe angariasse dividendos políticos, restando, pois, configurada a torpe motivação de sua conduta” relata o MPE.

 

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