A Justiça de Mato Grosso determinou a suspensão das atividades econômicas do time de futebol amador de Paulo Witer Faria Paelo, conhecido como WT, tesoureiro de uma facção criminosa de Cuiabá. A decisão foi assinada pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, e divulgada nesta quarta-feira (11.12).
De acordo com o magistrado, o time Amigos WT Futbol Club e a empresa mecânica de fachada, A.N.M. Dos Santos, no bairro Alvorada, funcionavam para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Ambas foram alvos da Operação Fair Play, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), no dia 27 de novembro.
O time de futebol, conforme as investigações, foi aberto em 2024, com faturamento mensal presumido de R$ 17,5 mil. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou que a movimentação financeira do clube era incompatível com o perfil cadastrado, além de destacar recursos expressivos oriundos de terceiros, que não têm relação com a empresa esclarecida.
Já a mecânica foi aberta em 2017 e é de propriedade de Andrew Nickolas Marques dos Santos, apontado como um dos braços direitos de Paulo Witer. Na decisão consta que também foi identificada movimentação financeira incompatível na empresa, que declarou capital de R$ 800 mil, e sinais de alerta em suas transações financeiras.
Além de movimentações de centenas de reais em espécie, realizadas por clientes que normalmente utilizam cheques e cartões de crédito, foram identificados depósitos feitos de forma fracionada, o que, segundo a GCCO, é uma característica da movimentação de dinheiro do tráfico de drogas.
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