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VGNJUR Quarta-feira, 25 de Outubro de 2023, 07:50 - A | A

Quarta-feira, 25 de Outubro de 2023, 07h:50 - A | A

“QUERIA GARANTIR O SEU”

Suspeito confessa que pediu R$ 2 mil para família de prefeito sem consentimento de membros da quadrilha

Suspeito revelou que comparsas estavam com medo dele não repassar dinheiro aos demais integrantes do grupo criminoso

Lucione Nazareth/VGN Jur

Vittor Campos, preso juntamente com a esposa Alice Estefane dos Santos, suspeitos de envolvimento no sequestro de Edson Joel Meira, 57 anos, pai do prefeito de Jangada (a 80 km de Cuiabá), Rogério Meira (PP), disse em depoimento que pediu R$ 2 mil antecipado como forma de “garantir o seu” na empreitada criminosa, sem consentimento de membros da quadrilha.

De acordo a Polícia Civil, Vittor Campos e Alice Estefane foram presos em Nova Marilândia, tendo os mesmos confessado que eles tinham a função de extorquir a família da vítima e teriam recebido transferências de R$ 2 mil por meio de PIX. Porém, os acusados não souberam informar no momento da prisão a localização de Edson Meira.

Em depoimento, Vittor Campos relatou que a mais ou menos uma semana J.P.R.Q. D.R, que usa a alcunha de “Novinho” [que está preso em uma unidade prisional], o procurou e informou que o seu grupo iria sequestrar uma pessoa, porém, sem revelar o nome da vítima. O suspeito disse que Vittor ficaria encarregado de pedir o dinheiro do resgate ao filho da vítima, e que na sexta-feira (20.10) uma pessoa, identificada como “RJ”, ligou e pediu ao comparsa para fazer a ligação para a família de Edson.

O acusado negou conhecer pessoalmente “RJ” e que manteve contato com o criminoso apenas por mensagens via WhatsApp. Ele revelou que foi este suspeito que enviou o vídeo de Edson Meira no cativeiro, para que ele [Vittor] encaminhasse à família da vítima.

No depoimento, ele declarou que sua esposa, Alice Estefane dos Santos e Beatriz Petersen de Jesus, que foi presa em Nova Olímpia, não sabiam do sequestro, e que elas apenas emprestaram suas respectivas contas bancárias para receber o valor de R$ 1 mil em prol dos criminosos.

Sobre os outros R$ 1 mil que foram depositados pela família de Edson Meira na conta Alice Estefane, Vittor contou que ele e sua esposa usaram a quantia para comprar cerveja, vaper e comida na cidade de Arenápolis.

Conforme o suspeito, havia sido combinado que todo dinheiro do resgate teria que ser repassado na conta de T.C.N.C [moradora de Cuiabá], e que ela teria a função de sacar os R$ 70 mil solicitados pela quadrilha no sequestro e entregar para “RJ” e Novinho. Porém, Campos relatou que decidiu pedir por conta própria R$ 2 mil à família de Edson, como forma de garantir o seu” - que foram depositados nas contas de Alice e Beatriz.

Ainda no depoimento, Vittor revelou que os comparsas estavam com medo dele não repassar o dinheiro aos demais integrantes do grupo criminoso.

Leia Também - Juíza cita condenações e mantém prisão de casal envolvido em sequestro do pai de prefeito

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