A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidiu decretar sigilo no inquérito que apura desvios de verba no Ministério da Educação e a possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações.
Por causa do foro privilegiado do presidente Jair Bolsonaro, o Supremo terá que analisar se a investigação deve seguir no Supremo ou será devolvido para a primeira instância, no caso o Juízo 15ª Vara Federal de Brasília.
A ministra Cármen Lúcia, que é relatora, deve pedir uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.
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Entenda - Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado de que ele (Milton) poderia ser alvo de busca e apreensão. No dia 22, o ex-ministro foi preso na Operação Acesso Pago.
"Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?", disse Ribeiro. Em seguida, o ex-ministro afirma: "Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê", disse o ex-ministro.
Na quinta (23), o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem em no qual afirmou que o delegado Bruno Callandrini, responsável pela Operação Acesso Pago, enviou mensagem para colegas da PF relatando que houve uma “decisão superior” para que o ex-ministro não fosse transferido para Brasília conforme determinação judicial. A Polícia Federal disse em nota que irá apurar o caso.
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