O advogado criminalista, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, declarou que a ex-juiza Selma Arruda, na época em que era responsável pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ordenou em um dos depoimentos prestados pelo ex-governador Silval Barbosa, que o mesmo ficasse nu como forma de humilhá-lo. O suposto episódio foi relatado pelo jurista em entrevista ao canal do Youtube My News.
Segundo Kakay, que fez parte da banca de advogados da defesa de Silval Barbosa, o suposto ato de “humilhação” ocorreu em uma “salinha” que fica nas dependências do Fórum de Cuiabá e estava vinculado ao Juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
“Lá no Mato Grosso tinha uma juíza que se falava Moro de Saia. Ela foi cassada por corrupção em um ano. Ela fez exatamente o que o Moro [senador do Paraná] fez. É a Selma. Eu sei que fui advogado de um governador do Estado de lá. Ela iria ouvi-lo, mandava antes para uma salinha e tirava a roupa dele para humilhá-lo, para quebrar a moral dele antes do depoimento, deixava ele nu na sala. [...] Com base em nada, na arbitrariedade”, relatou o advogado.
Ainda segundo ele, esses atos de “arbitrariedade por parte de autoridades”, é comum ocorrer com pessoas negras, pobres e aquelas que moram na periferia, e que o ex-governador de Mato Grosso sofreu o que essa “classe social” enfrenta diariamente no país.
“Então assim, esse governador que foi colocado nu, na sala dessa juíza que, felizmente, foi cassada por corrupção em menos de um ano, ele representa uma elite que está sofrendo aquilo que os negros e os invisíveis sofrem no dia a dia e que ninguém ouve falar”, finalizou.
Lembrando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Selma Arruda como senadora em dezembro de 2019 por abuso de poder econômico e caixa 2 nas eleições de 2018.
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