O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, esteve nesta sexta-feira (08.11) visitando o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o deputado federal, Emanuelzinho (PTB).
Na visita, Mendes conversou com a imprensa e defendeu seu voto contrário a prisão de condenados em 2° instância e falou sobre as críticas, entre elas, do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) que afirmou: “STF jogou todo o trabalho da Polícia no lixo”.
“Nesta época, tirei muitos vagabundos das ruas, apreendi, prendi, garanti viagens ao inferno… sempre dentro da legalidade, é claro… agora vem o STF e joga meu trabalho e de todos os outros policiais no lixo e envergonha o Brasil”, comentou o parlamentar no Twitter.
Segundo o ministro, não há fracasso nenhum. “O Judiciário está funcionado, Justiça não é sinônimo de vingança, importante que as coisas se investiguem, as pessoas dizem: o Tribunal julgou, mas não condenou. Até na música se diz, primeiro é preciso julgar, para depois condenar. Bom é o Tribunal que julga, absolve ou condena”.
E acrescenta: “Nós nos tornamos um Brasil com pessoas más, a penúria, a chateação, o não desenvolvimento, nos fez muito amargos, acho que temos que fazer um pouco de autocrítica, olharmos um pouco isto. É preciso que a Justiça funcione, normalmente a gente só entende essa palavra quando a gente é atingido, quando a gente tem uma busca e apreensão, quando um parente nosso é preso, aí a gente não fala mal de quem concede Habeas Corpus”, afirmou.
Ainda segundo Gilmar Mendes, o caso da prisão do ex-presidente Lula foi constrangedor para a Justiça. “O caso do Lula é um caso constrangedor para a Justiça, se vocês olharem, e eu não estou falando da Vaza Jato - em referência a Lava Jato, esse recurso dele chegou ao STJ em 2018, esse ano que ele foi decidido”.
E explicou: “Inicialmente o relator indeferiu o pedido, levou um ano para ser julgado, e reduziram a pena dele, e poderiam ter reduzido mais, já poderiam ter mandado ele pra casa antes, mas a mídia opressiva faz com que o Tribunal tenha medo. Eu estou culpando o STJ por isso? Não. Eu até brinco, eu sou duro, mas jogo na bola, não quero atingir pessoas, quero de fato, apontar problemas”.
E citou novamente a autocrítica: “Podemos contribuir para que o Brasil seja mais civilizado, vamos de fato fazer essa autocrítica, nós erramos? Muito provavelmente erramos nesse sentido de revisão, porque o espírito era, delimitar um pouco essas questões, dividir responsabilidades, mas sobrou para o STF”, concluiu.
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Gladston 10/11/2019
Cale-se, o mal cheiro está chegando em Diamantino!
ana 09/11/2019
será que se um parente de algum destes ministros do STF sofrer uma violencia eles vão continuar pensando assim?
2 comentários