O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Murilo Moura Mesquita, recebeu a denúncia do Ministério Público (MPE) e tornou réu o policial militar Diogo Donald Correa das Neves, acusado de matar o ex-servidor público da Prefeitura de Várzea Grande, Marcelo Oliveira da Costa, 39 anos, no dia 02 abril deste ano.
Marcelo era servidor concursado da Prefeitura e estava lotado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ipase, e também trabalhava nas horas vagas de motorista de aplicativo. Na noite do crime, Marcelo foi encontrado por policiais militares, caído próximo ao veículo, na lateral da residência da vítima. Ele apresentava perfurações de arma de fogo no pescoço. Leia matérias relacionadas - Motorista de APP é encontrado morto com tiro no pescoço em VG
Conforme o Ministério Público, Diogo Donald vai responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, uma vez que montou uma emboscada para Marcelo, e dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.
O MPE requer, que, no caso de condenação pelo Tribunal do Júri, o policial Diogo seja imediatamente recolhido ao sistema prisional, e que pague indenização aos familiares de Marcelo Oliveira pelo prejuízos sofridos.
“Os prejuízos, notadamente, poderão ser de ordem material e moral. A propósito, afora o dano material, o homicídio (crime doloso contra a vida) é um exemplo clássico em que praticamente sempre haverá um dano moral a reparar, pois a vida é o bem mais valioso que é tutelado pelo ordenamento jurídico, provocando o resultado morte grande dor nos familiares”, diz trecho da denúncia.
Ao , a irmã de Marcelo, Patrícia Oliveira, disse que a família não vai desistir de lutar por Justiça, e deseja ver Diogo Donald atrás das grades. ‘’Houve falha na administração da Segurança Pública quando permitiu que uma pessoa com antecedentes criminais fizesse parte da corporação. E outra, ele oferece, sim, risco para sociedade e deveria estar preso. Não é réu primário. Não ágio no calor da emoção, simplesmente armou, planejou matar um pai de família e ainda manipulou cena do crime”, desabafou Patrícia.
Ainda a irmã da vítima declarou que Diogo está trabalhando normalmente, sem sequer ser afastado da função militar. “Vai continuar vivendo a vida normalmente até fazer isso com outra família”, finalizou ela.
Antecedentes criminais - O policial militar, Diogo Donald Correa das Neves, em 2014, participava de um processo seletivo para soldado da Polícia Militar, e inseriu no relatório, preenchido de próprio punho, declaração falsa, afirmando que nunca havia sido detido por qualquer força policial e conduzido até uma delegacia, quando na apuração de sua pregressa, foram constatados vários registros de boletins de ocorrência anteriores à declaração, entre eles porte ilegal de arma de fogo. O processo segue em tramitação.
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