O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal análise representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pede apuração sobre as transações financeiras entregues pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em relação ao recebimento de R$ 17 milhões via Pix. A determinação foi proferida nessa segunda-feira (06.11).
A decisão atende pedido do subprocurador-Geral da República (PGR), Carlos Frederico Santos, no qual apontou que “mostra-se relevante o encaminhamento da representação à Polícia Federal para apurar se as informações prestadas nesta representação efetivamente possuem conexão com o objeto destes autos, em especial se as transações atípicas, noticiadas pelo COAF à mencionada CPMI, foram realizadas por doadores envolvidos na organização criminosa investigada nestes autos”.
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No final de julho, a Folha de São Paulo divulgou que, conforme informações enviadas pelo Coaf à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via transação por Pix nos seis primeiros meses deste ano. Entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, foram cerca de 769 mil transações que totalizaram R$ 17.196.005,80. No mesmo período, o ex-presidente movimentou R$ 18.498.532.
Diante disso, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES) e Jorge Kajuru (PSB-GO), e a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ) acionaram a PGR solicitando apuração dos fatos. Eles alegaram que consta do relatório, que os depósitos teriam sido realizados em decorrência da campanha de arrecadação para pagamento de multas judiciais, ostensivamente feita nas redes sociais pelo ex-presidente.
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