Agência Senado
Ex-diretor teria supostamente pedido US$ 1 de propina por dose de vacina para fechar contrato
O Ministério Público Federal Distrito Federal (MPF/DF) abriu inquérito civil para apurar o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose em negociação para compra da vacina AstraZeneca.
No mês passado, o Jornal Folha de São Paulo publicou matéria informando que o representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, disse que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina para a empresa assinar contrato com o Ministério.
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Na época, Luiz Paulo afirmou que procurou o Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. Após a publicação, Roberto Dias foi exonerado do cargo.
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De acordo com o MPF, os procuradores irão analisar indícios de improbidade administrativa por parte Roberto Dias e outros servidores do Ministério da Saúde que na época dos fatos estavam envolvidos na suposta negociação das doses da vacina.
Ainda segundo o órgão ministerial, a procuradora da República, Melina Flores, em análise preliminar apontou existir indícios e elementos suficientes para abertura de uma investigação, sendo necessário aprofundar o caso com diligências.
Outro Lado – Em nota, Roberto Dias afirmou que abertura de inquérito para a negociação é importante para esclarecer os fatos, assim como para “desmascarar a mentira criada por Luís Dominguetti”.
“A abertura de inquérito civil pela Procuradoria da República no DF para investigar o suposto pedido de propina, foi recebido como uma oportunidade ímpar para esclarecer os fatos, oportunizando a manifestação de todos envolvidos para desmascarar a mentira criada por Luís Dominguetti”, diz trecho da nota.
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