25 de Novembro de 2024
25 de Novembro de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

VGNJUR Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 10:44 - A | A

Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 10h:44 - A | A

Operação Ragnatela

Ministra nega prisão domiciliar humanitária para empresário de Cuiabá

William Gordão é um dos principais alvos da Operação Ragnatela

Rojane Marta/ VGNJUR

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido de habeas corpus de William Aparecido da Costa Pereira, conhecido como William Gordão, um dos principais alvos da Operação Ragnatela. A defesa solicitava a concessão de prisão domiciliar humanitária devido ao estado de saúde do réu, que passou por um transplante de córnea em agosto de 2024 e enfrenta condições insalubres no sistema prisional.

William Gordão, preso sob a acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa que operava em casas noturnas e shows em Cuiabá, alegou necessidade de cuidados específicos após o procedimento cirúrgico. A defesa destacou que o transplante exige atenção para evitar complicações graves, como a perda do enxerto ou mesmo cegueira. Além disso, o réu utiliza lentes de contato esclerais no olho direito, o que também requer condições adequadas de higiene para evitar infecções.

O pedido inicial de prisão domiciliar foi negado pelo juízo de primeira instância, mesmo após um relatório situacional apontar a incapacidade da penitenciária de fornecer os cuidados necessários. Apesar disso, novos documentos apresentados pela direção da unidade informaram que o réu foi transferido para uma cela individual no Raio 8, com pia, sanitário e ventilação, e que a penitenciária estaria apta a atender às necessidades do paciente.

A defesa contestou as informações, argumentando que as condições da unidade não mudaram desde o relatório inicial e que a simples manifestação da direção não é suficiente para desqualificar a avaliação da equipe multidisciplinar, que apontou a falta de estrutura para os cuidados exigidos.

A ministra Daniela Teixeira negou o pedido de prisão domiciliar ao considerar que as informações mais recentes da penitenciária indicam que o paciente está recebendo acompanhamento compatível com suas necessidades médicas. A decisão ressaltou que o cumprimento da pena em cela individual com condições adequadas de higiene e ventilação atende aos requisitos básicos para a recuperação do réu.

A ministra também reforçou que não foram apresentadas evidências de que o ambiente atual agrava o estado de saúde do preso ou inviabiliza seu tratamento. O entendimento do STJ foi de que a concessão da prisão domiciliar, nesse caso, seria desproporcional, uma vez que a unidade prisional demonstrou capacidade de oferecer os cuidados necessários.

Operação Ragnatela

William Gordão foi preso durante a Operação Ragnatela, deflagrada em julho de 2024. A operação revelou um esquema de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa, que utilizava casas noturnas e shows nacionais em Cuiabá como fachada para movimentar recursos ilícitos. Ele é apontado como um dos principais operadores do esquema.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

Comente esta notícia

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760