O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou Jonas Souza Gonçalves Junior, o Batman; o bacharel em Direito, Filipe Antônio Bruschi, e outras seis pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A sentença foi proferida nessa quinta-feira (08.02).
Na decisão, o magistrado afirmou que Batman é líder de uma organização criminosa, e que orientava e determinava a Filipe Bruschi, o que os demais integrantes da facção deveriam fazer.
O documento cita que quando foi preso em janeiro de 2022, o bacharel de Direito foi flagrado pelas forças de segurança com R$ 537 mil, uma máquina de contar dinheiro além de anotações. Na época, ele se passava por um advogado - inclusive com uma carteira válida da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) -, para ter acesso facilitado a presos da facção.
“Demais disso, trata-se de organização criminosa bem articulada, com várias ramificações, divisão de funções bem definidas, planilhas de controle de mercadorias e do repasse do lucro ilícito, além da referida Orcrim ser conhecida por atos de extrema violência e voltada para a prática não apenas do comércio ilegal de entorpecentes, mas de outros delitos, como tortura, homicídio, roubo e lesão corporal”, diz trecho da decisão.
Ao final, Jonas Souza foi condenado 13 anos e 10 meses; Filipe Antônio Bruschi a 11 anos e 1 mês; Janderson Gonçalves da Costa e Benedito Max Garcia a 9 anos (cada um); Mayara Bruno Soares Trombim e a 7 anos e 6 meses; e Anderson dos Anjos Teixeira a 54 dias-multa.
Mayara Bruno e Anderson dos Anjos terão direito de recorrer da sentença em liberdade, enquanto que os demais permanecerão presos para cumprimento de suas respectivas penas.
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