13 de Abril de 2025
13 de Abril de 2025

Editorias

icon-weather
13 de Abril de 2025
lupa
fechar
logo

VGNJUR Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 08:24 - A | A

Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 08h:24 - A | A

recomendação

Mais de 5 mil garimpeiros atuam em terra indígena de MT; DPU pressiona Governo Lula para retirada

Defensoria Pública da União recomendou que Governo Lula adote medidas para retirada de ocupantes

Lucione Nazareth/VGNJur

A Defensoria Pública da União (DPU) encaminhou na última terça-feira (08.04) recomendação ao Governo Luiz Inácio Lula da Silva para a desintrusão imediata da Terra Indígena Sararé, que fica na região de Pontes e Lacerda (a 493 km de Cuiabá). O prazo para resposta é de 15 dias úteis. 

O documento foi direcionado ao Ministério dos Povos Indígenas, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, à Polícia Federal, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), alertando para os riscos graves e iminentes à integridade física, cultural e territorial do povo indígena Katitãuhlu, da etnia Nambikwara. 

DPU requer que o Governo Lula promova ações definitivas para acabar com a extração ilegal de garimpo, degradação socioambiental, desmatamento e invasão na Terra Indígena Sararé, sendo conduzida a instalação de ações interagências e bases operacionais efetivamente estruturais no território, informando Plano de Trabalho para a projeção de tempo e estrutura requeridos. 

Além disso, pede a inclusão da terra indígena como prioridade no calendário de desintrusões ainda no ano de 2025; assim como ação de medidas necessárias para assegurar providências efetivas em defesa dos povos e comunidades tradicionais, elaboração ou revisão de um Plano de Gestão para as terras indígenas de Mato Grosso, considerando a avaliação dos limites, a degradação socioambiental, a proteção dos mananciais, os processos de retomada de áreas de ocupação tradicional, as dinâmicas de expansão urbana e especulação imobiliária, a segurança pública, os conflitos interétnicos, entre outros aspectos. 

“Em virtude de suas atribuições e protagonismo, é interessante que o Ministério dos Povos Indígenas seja responsável pela coordenação desta desintrusão, a ser articulada pelo Comitê Interministerial de Desintrusão e pelas instituições competentes, tal como já tem sido feito em outros territórios”, diz trecho da recomendação. 

Danos na Terra Indígena 

A Terra Indígena Sararé, de acordo com a Defensoria Pública da União, ocupa, atualmente, o primeiro lugar no ranking de alertas de garimpo ilegal dentre todas as terras indígenas do Brasil - levantamentos do próprio Governo Federal. 

No ano de 2024, foi identificado que a extração ilegal provocou a destruição de 570 hectares. 

Além disso, a Associação Indígena Sararé – Katitãurlu, do Povo Indígena Katitãuhlu (Nambikwara do Sararé), denunciou que o aumento da fiscalização em outros territórios, sobretudo ao Sul do Pará (como, por exemplo, em Itaituba), e na T.I. Yanomami provocou um deslocamento das atividades ilegais para a T.I. Sararé, que, por estar à margem de uma rodovia, possui o acesso terrestre muito facilitado, se torna um polo de concentração de atividades ilegais que funcionam em redes nacionais. 

“Hoje, estima-se que 5 mil garimpeiros atuem na região, número exorbitante frente à média de indígenas que legalmente e ancestralmente ali se territorializam e se autodeterminam, conforme é de seu direito”, informou o DPU.

Leia Também - ALMT derruba veto do governador e mantém mercadinhos nos presídios

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

Comente esta notícia

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760