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VGNJUR Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 10:54 - A | A

Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 10h:54 - A | A

Operação Déjà Vu

Com base em decisão do STF, ação contra Emanuel Pinheiro vai ao TJMT

Juiz envia ao TJMT ação penal contra Emanuel Pinheiro com base em nova decisão do STF sobre foro privilegiado

Rojane Marta/ VGNJur

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o envio ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) da ação penal movida contra o ex-prefeito de Cuiabá e ex-deputado estadual Emanuel Pinheiro (MDB), com base na nova tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre foro por prerrogativa de função. A decisão foi proferida nesta quarta (09.04).

Emanuel é réu por crimes de peculato (em 13 episódios) e associação criminosa em uma ação desmembrada da Ação Penal Originária nº 13079/2019, originada na Operação Déjà Vu. A investigação aponta um suposto esquema de emissão de notas fiscais frias para justificar o uso de verbas indenizatórias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso entre 2012 e 2015, período em que ele exercia mandato parlamentar. Segundo o Ministério Público, o esquema teria gerado prejuízo de aproximadamente R$ 600 mil aos cofres públicos.

A decisão de remeter os autos ao TJMT decorre do recente julgamento do STF no Habeas Corpus nº 232.627/DF, no qual o Plenário da Corte definiu que a prerrogativa de foro se mantém mesmo após o fim do mandato, desde que os fatos imputados tenham relação com o cargo ocupado à época. A nova interpretação tem aplicação imediata a todos os processos em curso, como o de Emanuel Pinheiro.

“Os delitos imputados ao réu Emanuel Pinheiro teriam sido supostamente cometidos durante o exercício do mandato de deputado estadual e em razão das atribuições inerentes ao cargo. Desse modo, a competência para o julgamento compete ao Tribunal de Justiça”, afirmou o magistrado em sua decisão.

A ação envolve outros 11 réus, entre eles o ex-deputado José Geraldo Riva e o advogado José Antônio Gonçalves Viana. O processo aguardava designação de audiência de instrução e julgamento, após apresentação das respostas à acusação.

Com a nova decisão, o Tribunal de Justiça poderá reavaliar a competência para o julgamento do caso à luz da tese fixada pelo STF. A remessa ocorre sem anulação de atos processuais já praticados, que permanecem válidos. O Ministério Público e as defesas serão intimados para manifestação.

A Operação Déjà Vu integra um conjunto de investigações do Ministério Público de Mato Grosso sobre o uso irregular da verba indenizatória na Assembleia Legislativa, e envolveu diversos ex-parlamentares e servidores. A defesa de Emanuel Pinheiro tem reiterado que as acusações são infundadas e que o ex-prefeito sempre agiu dentro da legalidade. O processo agora volta a tramitar no TJMT.

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