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VGNJUR Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 11:45 - A | A

Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 11h:45 - A | A

Operação Gota D’Água

Gravações revelam que Pablo Pereira foi chamado de "vagabundo", "covarde" e "pilantra" por vereador e deputado

Afastamento ocorreu em setembro de 2024 por suposto envolvimento em esquema de fraude e corrupção no DAE

Lucione Nazareth/VGNJur

O deputado estadual Fábio Tardin, popular Fabinho (PSB), e o ex-presidente da Câmara de Várzea Grande, Pedro Paulo Tolares, popular Pedrinho (União), chamaram o ex-vereador Pablo Pereira (União) de “vagabundo”, “covarde” e “pilantra” após o mesmo ser afastado pela Justiça por suposto envolvimento em esquema de fraude e corrupção no Departamento de Água e Esgoto (DAE/VG). As informações constam em relatório policial da Operação Gota D’Água.

Em 20 de setembro de 2024, a Polícia Civil cumpriu 123 mandados contra uma organização criminosa investigada por fraude e corrupção no DAE/VG, sendo que um dos alvos foi o então vereador Pablo Pereira, que na ocasião foi preso e afastado do cargo por determinação da Justiça.

Leia Também: Vereador nega envolvimento em esquema de corrupção no DAE: “Nenhuma culpa”

O relatório da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) aponta que naquele mesmo dia, por volta das 15h47, foi interceptada uma conversa entre Pedrinho e Fabinho falando da repercussão da prisão de Pablo Pereira. O então presidente da Câmara avisa ao deputado que esteve na casa do senador Jayme Campos (União), e que o mesmo teria ficado surpreso com a notícia da prisão de Pablo, sendo que na residência também estava o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda – pessoa de confiança do senador.

No telefonema, Pedrinho revelou a Fabinho que o senador teria solicitado que ele, como presidente da Câmara, segurasse a decisão judicial sobre o afastamento de Pereira, mantendo o parlamentar no cargo. Jayme, conforme o vereador, teria alegado que no Senado, o afastamento do cargo mesmo por meio de decisão judicial, é um processo moroso, nunca sendo feito de forma imediata. Contudo, Pedrinho disse na ocasião que iria cumprir a decisão, afastando Pablo e empossando o suplente Valdemir Bernardino de Souza, popular Nana (União).

“Eu vô cumpri a determinação, falei, é até bom pra campanha, bom pra mim, porque, como que cê num vai cumpri uma decisão judicial, senador? Falô: Ah, mais no senado é diferente, porra! No senado nós tem, nós num cumprimo assim, nós não cumprimo decisão judicial assim, não! Não vai cumprindo assim, não!”, sic - declaração de Pedrinho para Fabinho sobre conversa com Jayme.

Ao deputado Fabinho, Pedrinho contou que também conversou com o então prefeito Kalil Baracat (MDB) sobre o afastamento de Pablo, obtendo a seguinte resposta do gestor: “Chega à taca! Não vai assumir porra nenhuma!”.

Em um dos trechos do telefonema, o deputado chama Pablo de “covarde”: “Chega a taca nesse, principalmente que ele não é do nosso lado, um covarde. Cê tá louco!”. Pedrinho respondeu: “Ah, eu tô nem aí, vô chegar a taca memo, sem dó! Não vô assumi bronca porra nenhuma, rapaz!”, sic.

No telefonema, Fabinho chega a orientar Pedrinho de como deve agir para afastar Pereira de forma definitiva da Câmara - veja parte final do diálogo:

Fabinho: Hen, hen hen Pedrinho, sabe o que que tem que fazê de uma vez por todas, colocá eles pra, pra, aí, se o juiz volta atrás, ele (Pablo) num vai voltá! Mas se o juiz volta atrás, cê mandá afastá ele de uma vez! A, a própria câmara afasta ele pra investigá, e deixa o Nãna, o Nãna!”.

Pedrinho: É, ué!

Fabinho: Acabá com com eles mesmo! Vagabundo, rapaz!

Pedrinho: Pilantra demais, né!

Outro Lado 

A assessoria de imprensa do senador Jayme Campos afirmou ao que não teve qualquer pedido do parlamentar para que Pedrinho segurasse de alguma forma o afastamento de Pablo Pereira. “Não teve qualquer pedido neste sentido por parte do senador”, limitou-se a dizer a assessoria. 

O entrou em contato com o ex-vereador Pedrinho, com o deputado Fabinho e com o ex-prefeito Kalil Baracat, porém, nenhum deles atendeu os telefones e nem retornou o contato até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto caso eles queiram se manifestar sobre os fatos relatados.

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