Acusada de estelionato e associação criminosa, a moradora de Rondonópolis, W.C.B, presa em 17 de março, pediu à Justiça para responder ao crime em liberdade, pois, segundo alega, é mãe de três filhos menores que necessitam de sues cuidados.
Ela e seu comparsa, W.E.P, são suspeitos de vender e enganar famílias com um curso de bombeiros, chamado “Bombeiro Legal” e “Bombeiro Mirim”, para crianças e adolescentes, em diversos municípios de Mato Grosso, entre eles, Várzea Grande. W.C.B. e W.E.P, foram detidos pela equipe da Delegacia de Sorriso, na avenida Blumenau, em frente a uma empresa de venda de veículos, em posse de diversos contratos impressos que seriam assinados pelas vítimas no fim de semana.
No pedido para cumprir prisão domiciliar, W.C.B. alega que os filhos “estão neste momento de dor e sofrimento, sob a responsabilidade da avó materna, que não se encontra em condições de saúde para poder estar suprindo a falta da mãe”. O pedido foi protocolado nessa quarta (29.03) e deve ser analisado pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Sorriso.
Consta do relatório de investigação, no qual o teve acesso, que ao periciar os aparelhos celulares do casal, a Polícia encontrou diversos materiais - fotos, arquivos pdf e print’s, possivelmente extraídos da internet com oferta de emprego e objetos, bem como materiais diversos a venda. Indicando que, além do estelionato, a proprietária do celular também praticava golpes utilizando-se do meio digital.
“Analisando os arquivos de mídias (imagens, videos e audio) do aparelho eletrônico foi observado imensa quantidade de fotos do “Contrato Particular de Prestação de Serviços” sendo a empresa “FACTEC – FACULDADE CURSOS E SUPLETIVO” CNPJ: 48.595.518/0001-41 denominada contratante. As vítimas, ora contratante, são de várias cidades do Estado de Mato Grosso, como Sorriso, Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, etc… com valores diferentes entre R$500,00 e 600,00”, diz trecho do relatório.
A Polícia ainda constatou muitos comprovantes de transferência bancária, principalmente, via pix tendo como beneficiário a W.C.B., oriundos de vários destinatários, indicando ser valores ilícitos vindos das vítimas de golpes.
“Alguns dos materiais gráficos utilizados pelo grupo criminoso, imitando as cores dos Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, com intuito de dar celeridade a “ação criminosa” como se a instituição militar, respeitada pela sociedade, estivesse envolvida com o projeto. Tudo isso pensado para ludibriar um número maior de vítimas Vale salientar que na análise dos arquivos de mídia foi encontrado muito material (fotos, arquivos pdf e print’s), foram possivelmente extraídos da internet com oferta de emprego e objetos e material diversos a venda. Indicando que, além do estelionato, a proprietária do celular também praticava golpes utilizando-se do meio digital”, consta do relatório.
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