Em suas redes sociais, o procurador de Justiça Domingos Sávio afirmou nesta quinta-feira (16.01) que a ideia de colocar câmeras nas fardas de políticos, desembargadores e membros do Ministério Público de Mato Grosso revela "ignorância" e "estupidez".
A fala foi feita dias após o governador do Estado, Mauro Mendes (União), sugerir câmeras nos membros do judiciário. Entretando, Domingos não se referiu diretamente ao governador em seu vídeo. Após a repercussão negativa no judiciário, o próprio Mendes negou a afirmação, que foi feita à rádio CBN na segunda-feira (13.01), e disse que foi mal interpretado.
Segundo Domingos Sávio, as discussões sobre o uso de câmeras corporais por policiais militares enfrentam resistência de alguns setores que utilizam argumentos "cada vez mais absurdos".
"A proposta sobre demonstra uma total ignorância acerca das múltiplas razões que justificam o uso das câmeras corporais pelos policiais. É uma estupidez querer assemelhar a situação dos policiais, que possuem prerrogativas de uso da força, às de políticos, magistrados e membros do Ministério Público", concluiu.
O procurador enfatizou que as câmeras corporais são essenciais para proteger os bons policiais, garantindo que suas ações sejam registradas de forma transparente e afastando acusações infundadas de arbitrariedade ou ilegalidade. "As imagens dessas câmeras serão provas idôneas e irrefutáveis a favor do bom policial", afirmou.
Além disso, Domingos Sávio ressaltou a importância das câmeras como ferramenta eficaz na obtenção de provas criminais, tanto para a identificação de autores de crimes quanto para a comprovação de sua materialidade. Ele também apontou que o uso dos dispositivos é um instrumento valioso no combate a eventuais abusos cometidos por uma minoria de policiais, destacando que tais equipamentos auxiliam na prevenção de condutas que podem gerar graves prejuízos à sociedade.
Diferença nas funções e justificativa para as câmeras
O procurador destacou que o uso de câmeras pelos policiais militares é especialmente necessário devido à prerrogativa que esses profissionais possuem de usar a força, inclusive letal, no exercício de suas funções. "Por cautela, em defesa da sociedade, é necessário o uso das câmeras para coibir condutas abusivas e criminosas de maus policiais", argumentou.
Domingos Sávio também rechaçou a ideia de equiparar policiais a políticos, juízes e membros do Ministério Público no que diz respeito à utilização de câmeras corporais. Segundo ele, atos de corrupção envolvendo essas categorias não ocorrem durante o expediente ou em locais públicos, mas em contextos clandestinos e por meio de intermediários, tornando inviável o uso de câmeras para esse fim.
Leia matéria relacionada - Governador desrespeitou e enfraqueceu relação com Judiciário, diz Amam
Ver esta publicação no Instagram
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).