Apesar da interdição oficial, turistas continuam acessando o Morro de Santo Antônio, localizado em Santo Antônio do Leverger, a 35 km de Cuiabá, utilizando trilhas "clandestinas" e sem qualquer tipo de fiscalização no local. A denúncia foi feita pela promotora de Justiça Ana Luiza Ávila Peterlini de Souza, nessa sexta-feira (11.04), durante audiência pública que debateu a infraestrutura necessária para garantir o uso sustentável da área.
A visitação ao Morro está suspensa desde 7 de janeiro deste ano, por decisão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), pelo período de 120 dias, em razão das obras e serviços em andamento nas trilhas. Segundo a promotora, atualmente não há servidores da Sema ou de empresas privadas realizando fiscalização para coibir o acesso irregular de visitantes.
Peterlini explicou que foi instalada uma barreira física no início da via de acesso, com o objetivo de impedir a entrada de veículos. No entanto, a única pessoa designada como “gerente” da área turística também atua em outra localidade, o que compromete a fiscalização efetiva da Unidade de Conservação, que possui 258 hectares e altitude de 450 metros.
“Colocaram algumas barreiras físicas, mas já existem caminhos alternativos. Se você for até lá, consegue entrar. Não há ninguém fazendo vigilância permanente. Falta estrutura para impedir o acesso das pessoas”, afirmou a promotora, que esteve no local nos últimos meses.
Ela também relatou que o Governo do Estado não estaria cumprindo integralmente a recomendação de paralisação das obras. “As obras foram oficialmente suspensas, mas continuam retirando e transportando pedras, com movimentação de caminhões e tratores. Portanto, a medida não está sendo respeitada na íntegra”, concluiu.
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