A empresária Andrea Ramos Costa, morta nessa segunda-feira (23.08), supostamente pelo marido Diego Fernandes de Almeida, se recusou a denunciar à polícia agressões sofridas pelo companheiro na porta de casa ainda no início deste mês. A informação consta do auto de prisão contra Diego realizado no começo deste mês o qual o teve acesso com exclusividade. Diego foi preso ontem, suspeito de matar a empresária, no Distrito de Guariba, em Colniza (1,042 km de Cuiabá),
De acordo com os autos lavrados na manhã do dia 1ª deste mês, a polícia foi acionada por populares relatando que Andrea estava sendo agredida por seu esposo. No relato cita que ela estava em uma lanchonete quando Diego chegou alterado, visivelmente embriagado e querendo a levar a força para casa e que inclusive havia quebrado uma cadeira no local.
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Segundo os autos, o suspeito teria levado a esposa para casa, e ao chegar próximo ao portão da residência começou a agredi-la, agressões estas presenciadas por vizinhos.
No dia em questão, os policiais militares foram atender a ocorrência e encontraram o casal em frente a uma loja, sendo que ambos afirmaram que estavam apenas discutindo, “que haviam ingerido bebida alcoólica”.
“A senhora Andrea relatou que não foi agredida. Esta GUPM realizou orientação a senhora Andrea caso necessitasse acionar a Polícia Militar e realizar o boletim de ocorrência”, diz trecho extraído do documento em que consta o depoimento de um policial que atendeu a ocorrência.
Na ocasião, Diego realizou direção perigosa com seu veículo próximo ao Núcleo da Polícia Militar (frenagem e cavalinho de pau), chegando inclusive a bater na porta do quartel. Alterado e em visível estado de embriagues, o suspeito questionou os policiais o porquê de ter ido na sua residência.
Diante dos fatos, Diego recebeu voz de prisão por direção perigosa e por conduzir veículo sob a influência de álcool. Revoltado, o suspeito começou a proferir palavras de baixo calão contra os policiais e resistiu à prisão, sendo necessário o uso moderado da força para contê-lo e também uso de algemas.
Ainda, de acordo com os autos, Andrea chegou a comparecer no Núcleo de Polícia Militar afirmando que Diego pegou seu carro sem seu consentimento, e também presenciando o suspeito desacatar os policiais. “A SGT PM Claudia também realizou todas as orientações necessárias a senhora Andrea sobre a representação do suspeito Diego pelo crime de violência doméstica. A senhora Andrea se recusou a acompanhar o suspeito" diz documento.
Diego foi solto mp mesmo dia (1ª de agosto) após pagamento de fiança no valor de R$ 3.300,00, além disso, o juiz plantonista do Fórum de Colniza, Juliano Hermont Hermes da Silva, revogou a prisão estabelecendo algumas medidas cautelares: comparecer a todos os atos do processo para os quais sua presença seja necessária, não se mudar de residência, bem como ausentar-se da Comarca, enquanto perdurar a investigação e instrução processual, sem prévia autorização deste Juízo; proibição de acesso e frequência a bares, lanchonetes e festas em locais públicos, onde haja venda e ingestão de bebidas alcoólicas; e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, no período entre 22 horas e 06 horas do dia seguinte.
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