A nova desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Graciema Ribeiro de Caravellas, em seu discurso de posse na manhã desta sexta-feira (27.10), lembrou do período em que esteve afastada do cargo, e bastante emocionada o classificou como “anos angustiantes”.
Graciema foi aposentada compulsoriamente em 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acusada de envolvimento no "Escândalo da Maçonaria" e retornou apenas em novembro de 2022 por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
No discurso, a magistrada disse que sua “honra” e bom serviço prestado no Judiciário foi “jogada ao vento” em decorrência da denúncia, que resultou em sua aposentadoria compulsória. “Comunicou com uma decisão administrativa injusta, derruindo toda uma vida de luta, digna e honrada dedicação no exercício da judicatura”, disse a desembargadora ao lembrar o fato, emocionada.
Ela completou: “Desde então, passei ao lado das minhas filhas, genros e netos, longos e angustiantes anos, aguardando que Justiça fosse feita, e que Deus me concedesse a graça pelo tempo ser suficiente para ser resgatada minha dignidade e minha inocência. [...] A justa Justiça realmente se fez como esperado, sendo reconhecida minha total inocência, bem como de outros colegas”.
Graciema citou ainda que caso não tivesse sido aposentada compulsoriamente, era para ter sido promovida desembargadora desde 2011.
A magistrada foi escolhida nessa quarta-feira (26.10) pelo pleno do TJMT, pelo critério de antiguidade, para assumir o cargo de desembargadora. Graciema deve se aposentar do cargo em janeiro de 2024, quando completará 75 anos.
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