Juíza aposentada, Selma Arruda (Podemos) se aventurou na política em 2018 e, usando da “força de sua toga”, conseguiu ser eleita na primeira colocação como senadora por Mato Grosso pelo PSL.
Selma atuou por 22 anos na magistratura no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), como titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, até se aposentar em 2018, quando deixou a toga para se candidatar a senadora. Como juíza, ganhou notoriedade por sentenciar prisões de políticos de Mato Grosso envolvidos em corrupção e foi apelidada de “Moro de saias”. Sua vida no Judiciário a credenciou a entrar para a política como uma pessoa incorruptível.
No entanto, sua ascensão na política não durou muito. Ainda em 2018, após as eleições, começou a enfrentar enxurrada de denúncias pela prática de caixa dois em sua campanha, foi denunciada no Tribunal Regional Eleitoral, em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que culminou com sua cassação em 2019.
Selma Arruda e seus suplentes foram cassados pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral por suposto uso de caixa 2 nas eleições de 2018 em 10 de abril de 2019.
Por unanimidade, TRE cassa Selma e convoca novas eleições para senador https://www.vgnoticias.com.br/politica/por-unanimidade-tre-cassa-selma-e-convoca-novas-eleicoes-para-senador/56063
A defesa de Selma recorreu, e em 25 de julho, por unanimidade o Pleno do TRE/MT manteve a cassação e enviou a AIJE ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por unanimidade TRE mantém cassação de Selma; Senadora terá que recorrer no TSE https://www.vgnoticias.com.br/politica/por-unanimidade-tre-mantem-cassacao-de-selma-senadora-tera-que-recorrer-no-tse/58746
Já em 10 de dezembro de 2019, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a decisão do TRE/MT pela cassação do mandato de Selma e seus suplentes e a condenou por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018, deixando Selma inelegível até 2026. Também decidiu pela convocação de uma nova eleição para o cargo.
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