O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Arruda e Sá (PSDB), saiu em defesa nesta terça-feira (11.06) do vereador Paulo Henrique de Figueiredo (PV), investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho.
O presidente da comissão de ética acredita que não existem provas contra Paulo Henrique.
"Até agora não tem porque abrir processante porque não tem inquérito, não tem nada instalado contra o vereador Paulo Henrique que a gente dê subsídio de abrir uma processante contra ele, processante por conta de que? Quais são os fatos? Tem prova de alguma coisa? Até agora não tem nada", afirmou Rodrigo de Arruda e Sá.
Sá comentou sobre a possibilidade de abertura de comissão processante, como ocorreu com a vereadora Edna Sampaio (PT), acusada de praticar "rachadinha" com a ex-chefe de gabinete. Paulo Henrique é citado 300 vezes nas páginas do inquérito da Polícia Federal, ele também foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Paulo Henrique possuía dois assessores na Câmara de Cuiabá que foram presos na Operação Ragnatela por suspeitas de envolvimento com o crime organziado. O vereador também é apontado como responsável por facilitar a obtenção de licenças para o grupo criminoso graças ao bom trânsito que possuía na Prefeitura de Cuiabá.
Acusações contra Paulo Henrique
Paulo Henrique era assessorado Rodrigo de Souza Leal e Elzyo Jardel Xavier Pires, apontados como responsáveis por lavar dinheiro do Comando Vermelho em Cuiabá, segundo a Operação Ragnatela.
O vereador é apontado como responsável por facilitar a obtenção de licenças para o grupo criminoso graças ao bom trânsito que possuía na Prefeitura de Cuiabá.
Segundo a PF, Paulo Henrique exercia autoridade sobre o Secretário Adjunto de Fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (SORP), Benedito Alfredo Granja Fontes, e era através dele que liberava licenças para as casa de shows e eventos utilizados pelo Comando Vermelho para lavar dinheiro.
"O conteúdo das mídias digitais e as transações financeiras suspeitas evidenciam o envolvimento potencial de Paulo Henrique em diversas atividades irregulares. Além disso, a descoberta de múltiplos cartões de crédito em nome de terceiros nas mídias do investigado aponta para a possibilidade de uma ação sistemática de ocultação de
patrimônio e lavagem de dinheiro", diz trecho do relatório da PF.
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