O senador Paulo Paim (PT), do Rio Grande do Sul, defendeu em plenário nesta terça-feira (19.04) a antecipação de novas eleições para escolha do presidente da República, no caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Paim defende que as eleições presidenciáveis ocorram em 02 de outubro de 2016. Segundo ele, um grupo de senadores já estaria colhendo assinaturas para concretizar a eleições diretas já.
“Eu queria informar à Casa que um grupo de Senadores, do qual faço parte, está coletando assinaturas que pretendemos, no dia de hoje ainda, encaminhar à Mesa do Senado, sobre uma proposta de eleições diretas já, agora no dia 2 de outubro” declarou.
De acordo com o senador petista, seria uma proposta, de conciliação nacional, uma proposta de encontro do Parlamento com as ruas. “Todos que foram às ruas, favoráveis ou contra a Presidenta, todos sempre disseram que defendiam a democracia, que estará sempre em primeiro lugar. Se tivermos a habilidade, se tivermos a diplomacia, se tivermos a competência aqui no Senado que a Câmara não teve – todo mundo viu o circo que foi a votação da proposta de impedimento lá... O Senado da República está sendo convocado pelo povo brasileiro não simplesmente a bater o carimbo de uma proposta que vem da Câmara dos Deputados” declarou.
Ainda, conforme o senador, a Constituição diz que todo poder emana do povo e a ele tem que ser assegurado. “Se há um impasse na sociedade brasileira, e há um impasse, as pesquisas mostram, é real a impopularidade da Presidenta, mas também a do Vice-Presidente e daquele que será o Vice-Presidente, o Eduardo Cunha, caso se concretize o afastamento da Presidenta. Há uma demonstração clara: o povo não quer que Michel Temer assuma a Vice-Presidência, como não quer também que Eduardo Cunha seja amanhã ou depois o Presidente da República, na falta, por um motivo ou outro no País, do atual Vice-Presidente, se for alçado à figura de Presidente” relatou.
A proposta, segundo Paim, é que a população possa ir às urnas, no dia 2 de outubro, e deliberar quem deve ser, a partir do fim do ano, o presidente e o vice da República.
“Eu confesso, confesso: eu particularmente sou favorável a eleições gerais, mas sei que não há condições objetivas de isso acontecer. Eu não teria problema nenhum em botar à disposição do povo e me submeter às urnas, em nome do meu País, em nome de 210 milhões de brasileiros, para que eles decidissem. Mas claro, falando com inúmeros articulistas, especialistas, cientistas políticos, todos são unânimes: Paim, mas nesse Congresso, com aquela Câmara, tu achas que eles vão abrir mão do mandato em nome do povo brasileiro?” pontuou.
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