A primeira reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso – Subsede de Várzea Grande (Sintep/VG) e o novo secretário de Educação, Edson Sestari, terminou sem definição. Segundo o presidente do sindicato, Juscelino Dias de Moura, o secretário pediu de 15 a 20 dias de prazo para uma nova reunião.
O encontro foi realizado nesta terça-feira (14.01) pelo Sintep-VG para cobrar o cumprimento de uma promessa de campanha de Flávia Moretti (PL): o pagamento da recomposição do Piso Salarial Nacional de 2025, fixado em 6,27%, aos professores da rede municipal.
"Não ficou definido para quando, mas o secretário disse que vai ser prioridade dele fazer essa recomposição. Só que a princípio terá que fazer o estudo da folha salarial da Prefeitura, o impacto né. Deliberamos para sentar num prazo de 15 a 20 dias para continuarmos esse diálogo para chegarmos em comum acordo", detalhou Dias.
Ao ser questionado se a categoria aguardará o prazo com tranquilidade, Juscelino Dias de Moura afirmou que, provavelmente, não. No entanto, ressaltou que o sindicato decidiu dar um voto de confiança à nova gestão.
Dias destacou ainda que o sindicato está realizando seu próprio levantamento sobre a viabilidade financeira da recomposição salarial. Segundo os dados obtidos até o momento, há indícios de que a administração pública dispõe de recursos suficientes para arcar com o reajuste.
"Estamos conduzindo nosso estudo e, inclusive, já temos números que indicam que a Prefeitura possui os recursos necessários. Vamos aguardar para comparar esses dados com os números apresentados pela Secretaria", ponderou Moura.
Em relação a uma possível greve caso a Prefeitura pontue que não tem recursos para pagar a recomposição salarial neste momento, Juscelino salientou que após a próxima reunião farão um Conselho de Representantes logo na primeira quinzena de fevereiro onde deliberarão os próximos encaminhamentos.
Segundo Dias, outros temas também foram discutidos durante a reunião, incluindo a apresentação de um quadro detalhado sobre a defasagem salarial. Atualmente, a defasagem dos professores é de aproximadamente 19,55%, enquanto a dos servidores técnicos, como merendeiras, vigias e auxiliares de serviços gerais, chega a cerca de 68,81%.
O presidente do Sintep/VG ainda ressaltou que durante a audiência foi cobrado a participação ativa do sindicato em todos os espaços de discussões e decisões referentes às políticas educacionais, ao trabalho e a carreira dos profissionais da educação.
Outros temas pautados foram em relação ao pagamento daqueles R$ 70 milhões do Fundeb de 2021 que segundo Juscelino a categoria não sabe para onde foi o dinheiro, além da questão do pagamento dos retroativos do enquadramento, retroativo de hora atividade, reconhecimento do profissional, o pagamento da periculosidade, concurso público que está defasado.
“Também tratamos da implantação de professor de educação física e artes na educação infantil e fundamental, gratificação, transparência na aplicação de recursos, combate ao assédio moral e sexual, gestão democrática, assunto pautado durante a campanha eleitoral e ATA assassinada pela prefeita Flávia Moretti, promovendo eleição para diretor coordenador e secretário”, concluiu o presidente do SIntep/VG, Juscelino Dias.
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