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Política Quinta-feira, 08 de Agosto de 2019, 14:38 - A | A

Quinta-feira, 08 de Agosto de 2019, 14h:38 - A | A

DEU NO CORREIO BRAZILIENSE

Magistrado prevê "prisão em massa"" de procuradores em MT

Correio Braziliense

Junior Silgueiro/Amam

Tiago Abreu

 

O presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), Tiago Abreu, disse que as investigações sobre supostas irregularidades cometidas por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Estado pode levar à "primeira prisão em massa de promotores de justiça" do país. A afirmação foi feita em mensagem de áudio enviada por Abreu a um magistrado de Brasília, à qual o Correio teve acesso.

Na mensagem, enviada por celular, Abreu comenta críticas que a senadora Juíza Selma (PSL-MT) fez às investigações sobre o Gaeco estadual. Após chamar a fala da parlamentar de "antiética", Abreu diz que uma "organização criminosa" se instalou no órgão do Ministério Público.

Abreu se refere a uma investigação que apontou suspeitas de que procuradores da República do Gaeco de Mato Grosso realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades. O episódio se tornou conhecido como Grampolândia Pantaneira.

"Acredito que, aqui no Mato Grosso, com todo o aparato e a investigação que está ocorrendo, nós vamos desbaratar essa, entre aspas, organização criminosa que se instalou no Gaeco estadual. Porque foi utilizado, e está mais do que comprovado com os depoimentos que já foram colhidos, que foi utilizado o aparato institucional para fazer perseguição política", relata o presidente da Amam no áudio. "Isso aqui está bem próximo de ser descortinado e a gente ter a primeira prisão em massa de promotores de justiça. Até uma forma de a gente dar uma lição para o nosso país", completa.

Na última segunda-feira (05.08), a senadora Juíza Selma fez um discurso em defesa da Operação Lava-Jato; do ministro da Justiça, Sergio Moro; e do Ministério Público Federal, no qual mencionou a situação em seu estado. Para a senadora, há uma perseguição aos procuradores de Mato Grosso semelhante à que estaria ocorrendo, no seu entender, com os participantes da Lava-Jato.

"No caso da Lava-Jato, vivemos um novo ciclo, no qual os bandidos viraram mocinhos e os mocinhos viraram bandidos", disse (assista abaixo). A parlamentar também criticou a seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), que, segundo ela, "tem acompanhado e fomentado essa inversão de valores".

A fala de Juíza Selma acabou gerando uma resposta da Amam, que emitiu nota repudiando "todo e qualquer ataque feito ao Poder Judiciário de maneira gratuita e desnecessária" (leia abaixo). Foi ao enviar a nota por celular para um magistrado de Brasília que o presidente da entidade fez a previsão de que procuradores podem ser presos em breve.

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