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Política Segunda-feira, 19 de Agosto de 2019, 18:35 - A | A

Segunda-feira, 19 de Agosto de 2019, 18h:35 - A | A

PAGAMENTOS

Delator diz que grupo liderado por ele foi passado para trás; ‘Pagamentos foram feitos direto a Permínio’

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG Notícias

Giovani Guizardi

Giovani Guizardi

“O Estado não foi lesado em nada”, afirmou o empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora Ltda, em novo depoimento prestado nesta segunda-feira (19.08) à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes.

Ele é apontado como operador do esquema de propina em obras de reforma e construção de escolas, que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões na Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT). Além disso, é um dos delatores do esquema.

No novo depoimento, ele voltou afirmar que o esquema foi montado para saldar dívidas de campanha do ex-governador Pedro Taques (PSDB) na ordem de R$ 10 milhões. O esquema, segundo ele, teria sido proposto por Alan Malouf e que escolheram a Seduc/MT pela pasta ter mais recursos e a possibilidade da realização de inúmeras obras.

Guizardi contou que quando foi contatado por Malouf ficou sabendo que já existia um esquema na Secretaria por meio de percentual no valor dos contratos, e que na época, estava sendo realizado por Permínio Pinto (então secretário). “Já havia o recebimento de propina no ponto que uma empresa efetuou o pagamento de 100% do contrato antes da execução da mesma. Quem atestou isso, que eu tive conhecimento, foi o Permínio”, revelou o empresário, citando que apenas os empresários Leonardo Guimarães Rodrigues (Jer Engenharia Elétrica e Civil Ltda) e Ricardo Augusto Sguarezi (Relumat Construção).

Ele contou que levou o esquema para conhecimento de Alan, e que posteriormente entrou no “negócio ilícito” após Malouf concordar em participar,

Conforme o empresário: “Neste esquema o Estado não foi lesado em nada. O dinheiro já era do empresário e que era direito deles receberem. As obras que estavam sendo recebido foram licitadas em outros Governos. Volto afirmar que o Estado não foi lesado em nada”, frisou.

O empresário reafirmou que ficou responsável pela arrecadação da porcentagem paga pelos empresários nos contratos da Seduc/MT, mas revelou que havia um outro esquema. “Esse grupo que eu fiquei responsável por arrecadar o dinheiro estava sendo passado para trás. Pagamentos foram feitos direto para o Permínio”, contou.

Ele reafirmou que efetuou pagamento da propina recebido ao ex-deputado estadual, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Guilherme Maluf, deixando quantia cerca de R$ 120 mil a R$ 160 mil em uma caixa no banheiro do Buffet Leila Malouf. “Eu estava lá fumando e vi ele, Guilherme, saindo com a caixa. Se o dinheiro não estava lá eu já não sei!”, relatou, afirmando que todos os pagamentos do ex-deputado eram levados para Alan Malouf (primo de Guilherme) fazer o repasse.

Guizardi disse que recebeu R$ 120 mil, Alan Malouf R$ 250 mil, R$ 250 mil de Guilherme Maluf, Permínio R$ 170 mil. “Eu controlava todos os valores, e prestava contas a todos. Falava a eles: esse mês deu tanto em obra, recebeu tanto em propina, sendo fulando recebeu tanto, e assim consecutivamente”, explicou, refirmando ter repassado dinheiro de propina nas mãos dos ex-servidores da Seduc/MT, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis.

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