O ex-prefeito de Várzea Grande, Sebastião dos Reis Gonçalves – o Tião do Zaeli (PSD), em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (01.10) disse que a sua saída da Prefeitura não mancha a sua credibilidade na cidade. Zaeli acredita ainda, que não decepcionou os mais de 40 mil eleitores que votaram nele nas eleições de outubro.
“A minha saída não mancha a minha credibilidade no município. Em relação aos votos que consegui em outubro foi devido ao trabalho que realizei durante mais de 30 anos como empresário em Várzea Grande”, destacou Zaeli.
O social-democrata disse que não vê sua saída como um ato de covardia, porque quando esteve à frente da administração demitiu mais de mil funcionários, fato que segundo o ex-prefeito, nunca aconteceu na cidade.
“Covardia seria eu deixar a Prefeitura sem tomar nenhuma posição, fato que não ocorreu, assinei mais de mil demissões, extingui vários DGAs. Todos os atos que tomei, geraram uma economia de mais de R$ 2 milhões mensais para a Prefeitura”, garantiu o empresário e completou: “Deixo a Prefeitura do mesmo jeito que peguei, cheia de dificuldades de gestão”.
Servidores com pagamento em atraso - O ex-prefeito falou durante a coletiva, que a Prefeitura tem todas as condições de fazer o pagamento dos servidores na próxima semana. Ele garantiu ainda, que caso estivesse no cargo, iria apenas atrasar o pagamento dos servidores da saúde, porque precisa passar por uma investigação na folha de pagamento do Pronto-Socorro Municipal.
“Existem algumas inconstâncias nos salários de alguns médicos no Pronto-Socorro, fato que mandei investigar. No mesmo dia em que a Câmara não acatou a minha defesa em relação à denúncia contra mim, eu estava fazendo uma revisão na folha de pagamento da Saúde. Tinha médicos com salário maior do que o do prefeito” denunciou Zaeli.
Extinção de mandato – Em relação à denúncia apresentada contra Zaeli na Câmara, o ex-prefeito disse que pelo bem do município, e para preservar a estabilidade política da cidade, ele resolveu tomar esta decisão de deixar o cargo. Segundo ele, nem o partido e muito menos os secretários, tinham conhecimento da sua decisão.
Zaeli explicou que se desincompatibilizou da empresa, a qual, segundo ele, está inativa desde 2004. “Eu não tive nenhum ato administrativo na empresa durante este período, outras empresas eu já tinha desincompatibilizado e eu não me desincompatibilizei desta por que ela era inativa”, explicou o social-democrata.
O ex-gestor de Várzea Grande disse ainda, que não recorreu da decisão, porque iria se transformar em uma questão política e faltava apenas dois meses para terminar o mandato, por isso, decidiu não recorrer.
Defesa - O advogado de Zaeli, Maurício Magalhães, afirmou que os vereadores usaram uma leitura “caolha” do artigo. “O mesmo artigo que eles usam para acusar, eu usei na defesa”, colocou o advogado.
Segundo ele, Zaeli se desincompatibilizou juridicamente e na prática da empresa desde que assumiu como vice-prefeito na gestão de Murilo Domingos (PR), e não vinha exercendo nenhuma atividade na empresa. “Está denúncia é uma farsa”, afirmou o advogado.
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