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Política Sexta-feira, 17 de Junho de 2022, 09:37 - A | A

Sexta-feira, 17 de Junho de 2022, 09h:37 - A | A

críticas

Alvo de investigação, partido ataca Alexandre de Moraes e o chama de “ditador” e “skinhead de toga”

Partido é investigado no inquérito das Fake News que tem como relator, ministro Alexandre de Moraes

Lucione Nazareth/VGN

O Partido da Causa Operária (PCO) fez duras críticas ao presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. “Ditador” e “skinhead de toga” foram algumas das acusações.  

Alexandre de Moraes foi eleito na última terça-feira (14.06) como novo presidente do TSE. Ele irá substituir o atual presidente da Corte Eleitoral, ministro Edson Fachin, que em agosto deixa o cargo. Moraes comandará o TSE nas eleições de outubro.

O ministro Alexandre de Moraes também é responsável pelo inquérito das Fake News que tramita no Supremo Tribunal Federal, que tem o partido PCO como um dos alvos.  

Em sua rede social, o PCO acusou o TSE de ser “um braço do ditatorial” do STF que, segundo a legenda, existe para impor a vontade da burguesia nas eleições. 

“O TSE é apenas um braço do ditatorial STF que existe para impor a vontade da burguesia nas eleições, como fica claro no atual caso de Alexandre de Moraes. O skinhead de toga, que agora preside o tribunal, é o protagonista da nova fraude nas eleições”, escreveu o partido.  

Ainda segundo a agremiação partidária, com Alexandre de Moraes a presidência do TSE, em pleno ano eleitoral, “fica claro que a burguesia pretende utilizar o tribunal como uma forma de agir conforme seus interesses políticos”, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os trabalhadores, mas também em favor da terceira via”.  

“Em anos anteriores, as ações do TSE, que ano após ano altera o regimento das eleições, dificulta a participação de partidos menores e favorece de maneira totalmente arbitrária todos os partidos da burguesia, contra os trabalhadores, demonstram que o tribunal age de forma sintonizada com STF. Ambos assim são tribunais políticos, totalmente ditatoriais, regido por figuras que jamais foram eleitas pela população, mas que tem os maiores poderes na república. O máximo que um tribunal poderia se limitar é na questão dos tribunais inferiores, em causas específicas da lei. O fato de existir um tribunal “supremo” que serve para “interpretar” a lei e regular o que os poderes eleitos fazem, mostra apenas que são instituições totalmente ditatoriais, contra os direitos democráticos da população”, disse a legenda em comunicado.

 

Comunicado do PCO

   Tribunais autoritários  

O TSE, assim como o STF, deve ser dissolvido  

Não eleitos por ninguém, as Cortes Superiores são órgãos que existem acima da Constituição  

 

Com a ação de Alexandre de Moraes, agora recém “eleito” presidente do TSE, em cassar todas as redes sociais do Partido da Causa Operária e intimar seu presidente, Rui Costa Pimenta, a depor nesta terça-feira, vem tendo como resposta um amplo movimento, tanto da esquerda quanto de setores da direita, em denunciar a ação ditatorial do STF e defender os direitos democráticos da população.  

A ação ditatorial abriu, por outro lado, uma nova oportunidade de se debater justamente a própria existência do STF, como também do TSE, tribunais superiores que no Brasil, agem acima de qualquer leito, acima do congresso eleito e até mesmo da constituição vigente.  

Como demonstrado no caso do STF, a existência de um tribunal superior tem claro caráter ditatorial. Se colocando acima da lei, o tribunal torna-se um tribunal político, sem membros eleitos e com todos os poderes e agir, conforme considerar melhor, conta toda a população. No caso do TSE, a situação se da de mesma maneira.  

Com Alexandre de Moraes agora na presidência do TSE, em pleno ano eleitoral, fica claro que a burguesia pretende utilizar o tribunal como uma forma de agir conforme seus interesses políticos, em primeiro lugar contra Lula e os trabalhadores, mas também em favor da terceira-via.  

Em anos anteriores, as ações do TSE, que ano após ano altera o regimento das eleições, dificulta a participação de partidos menores e favorece de maneira totalmente arbitrária todos os partidos da burguesia, contra o s trabalhadores, demonstram que o tribunal age de forma sintonizada com STF.  

Ambos assim são tribunais políticos, totalmente ditatoriais, regido por figuras que jamais foram eleitas pela população, mas que tem os maiores poderes na república. O máximo que um tribunal poderia se limitar é na questão dos tribunais inferiores, em causas específicas da lei. O fato de existir um tribunal “supremo” que serve para “interpretar” a lei e regular o que os poderes eleitos fazem, mostra apenas que são instituições totalmente ditatoriais, contra os direitos democráticos da população.  

No Brasil, com esta anomalia ditatorial dos tribunais superiores, a constituição tornou-se palavra morta. O STF, a bem querer, realiza uma série de modificações na mesma, ou simplesmente passa por cima da lei sem qualquer respeito aos direitos democráticos da população. Assim, no país nem mesmo o presidente eleito tem tantos poderes quanto a “corte real” brasileira. O skinhead de toga, como ficou conhecido Alexandre de Moraes, se coloca acima de qualquer lei, como um ditador no país.  

Dessa maneira, é preciso colocar na ordem do dia a dissolução dos tribunais superiores, tanto o STF como o TSE. Não podemos tolerar a existência de um tribunal inquisidor no país, que age conforme os interesses do golpe, passando por cima de todos os direitos da população garantidos pela constituição.

 

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