O advogado Leonardo Bernazolli, assessor jurídico do deputado estadual Nininho (PSD), afirmou em entrevista à imprensa que o parlamentar e a empresa do seu grupo familiar não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados na Operação “Chapéu de Palha”, deflagrada nesta quarta-feira (09.12) pela Polícia Federal.
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Segundo o advogado, os fatos supostamente direcionados a Nininho são ligados as obras executadas pela Construtora Rocha em cidades do interior, como por exemplo Juscimeira e Itiquira. As investigações são oriundas de documentos emitidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
“Trata-se de uma investigação direcionada a Construtora Rocha, na qual o deputado e seus familiares não têm qualquer ligação. É uma investigação grande. Existem obras que a empresa fez ligadas as cidades do interior, mas nada que liga ao deputado. Sobre os fatos que são objeto de investigação não temos o que esclarecer porque o deputado não tem participação em nada”, declarou Bernazolli.
Ele disse que a assessoria jurídica está tentando ter acesso a íntegra das investigações, e que é de se estranhar a expedição de mandados de busca contra Nininho, sendo que os fatos investigados teriam ocorrido entre 2010 e 2014, ou seja, há mais de seis anos e que neste período o parlamentar sequer foi chamado para prestar qualquer esclarecimento.
“Há de estranhar que os fatos são dos anos de 2010, 2014. Hoje estamos em 2020 e o deputado nunca foi chamado para prestar esclarecimento em sede de investigação, caso fosse necessário. Então entendemos como desnecessário a busca e apreensão já que se trata de fatos pretéritos e poderia muito bem o deputado ter prestado os devidos esclarecimentos”, enfatizou.
Ele ainda acrescentou: “Estamos tentando descobrir qual seria motivo desta busca e apreensão, inclusive a inclusão do deputado nesta investigação. Não existem elementos palpáveis que liguem ele ou qualquer empresa do grupo familiar aos fatos investigados”.
Já o deputado Nininho disse à imprensa que recebeu com “surpresa” o cumprimento de mandado de busca e apreensão em seu gabinete, e reafirmou que não tem qualquer envolvimento com a Construtora Rocha.
“São fatos que envolvem vários municípios e eu não tenho nada a ver com isso. Nunca destinei emendas para estes municípios para executar obras. Eles querem me envolver dizendo que lá atrás fiz um repasse de R$ 9 mil para o proprietário da empresa”, disse o deputado, informando que pode ter feito o pagamento.
Ele ainda afirmou que está tranquilo quanto a investigação e que irá comprovar na Justiça o não envolvimento nos supostos ilícitos relacionados a empresa. “Estou tranquilo. Não tenho nada haver com isso. Essa empresa eu conheço, mas há quatro anos que não vejo o dono e nunca mais falei com ele. É estranho essa investigação. Ninguém da minha família têm qualquer ligação com essa empresa”.
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