A Câmara de Cuiabá rejeitou o pedido de urgência especial para o projeto de lei do vereador Rafael Ranalli (PL), que propõe a proibição de investimentos da Prefeitura no Carnaval pelos próximos quatro anos. Com dez votos contrários e cinco favoráveis, a proposta seguirá o trâmite normal da Casa.
Na semana passada, o vereador conseguiu reunir 19 assinaturas para solicitar a votação em regime de urgência, o que agilizaria a aprovação antes da semana do Carnaval. Entretanto, a festividade já não contatará com investimento do município, apenas com aporte do governo estadual.
A proposta gerou grande repercussão, especialmente no setor de bares e restaurantes. Segundo Lorenna Bezerra, presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), não houve diálogo com o setor para discutir o impacto da medida. “Não ter o carnaval, não ter o investimento, o incentivo no carnaval, afeta todo um setor produtivo, toda uma cadeia econômica da nossa cidade” afirmou Lorena.
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Antes da votação, o vereador Ranalli, autor do projeto, destacou que havia apoio popular para sua proposta e reafirmou sua determinação em seguir com a iniciativa.
“Acho que muita gente, não vou dizer a maioria, porque aí tem que ir lá mensurar, mas muita gente concorda que não seja prioridade o dinheiro no carnaval, mais uma vez. Não é na cultura. Não é na cultura. E diferente do que o outro vereador falou, não tem nosso lado. Não tem nosso lado, tá todo mundo aqui do lado de Cuiabá”, afirmou.
O vereador da base governista, Dilemário Alencar (União), pediu aos colegas que rejeitassem o regime especial de urgência, argumentando que o projeto deveria ser debatido com mais profundidade, incluindo a participação das entidades envolvidas.
Ao final da sessão, a presidente da Câmara, Paula Calil (PL), enfatizou a necessidade de um debate mais amplo sobre o tema, considerando os impactos nas economias formal e informal.
“Nesse momento excepcionalmente Cuiabá vive um momento delicado de decreto de calamidade financeira, mas pro futuro, pros outros anos. Eu acredito que os vereadores tiveram muito bom senso nessa questão e tem que haver um debate mais amplo”, afirmou Paula.
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