02 de Abril de 2025
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Penal Segunda-feira, 31 de Março de 2025, 09:39 - A | A

Segunda-feira, 31 de Março de 2025, 09h:39 - A | A

saco plástico

Suspeito de matar entregador alega tortura; juiz manda apurar

“O acusado foi agredido com chutes, socos, estrangulamento e teve um saco plástico colocado sobre sua cabeça para sufocamento”

Rojane Marta/ VGNJur

A Justiça de Mato Grosso determinou a apuração das denúncias de tortura feitas por Carlos Augusto Vieira Gonçalves, um dos quatro presos acusados de envolvimento no assassinato do entregador Jilvan João Rodrigues, ocorrido na manhã de 28 de março no município de Sorriso (396 km de Cuiabá).

A decisão foi proferida no sábado (29), pelo juiz Glauber Lingiardi Strachicini, durante a audiência de custódia em que converteu em preventiva a prisão em flagrante dos acusados. Na mesma decisão, o magistrado mandou extrair cópias do auto de prisão e da audiência e determinou o envio do material à 2ª Promotoria de Justiça Criminal, para que o Ministério Público apure “a conduta dos agentes públicos que efetuaram a prisão, bem como quanto aos eventos ocorridos em delegacia”.

A defesa de Carlos Augusto afirma que ele foi submetido a tortura física e psicológica por aproximadamente uma hora após sua prisão. Segundo o pedido de relaxamento da prisão apresentado ao Judiciário, o acusado teria sido agredido com socos, chutes, estrangulamento e sufocamento com saco plástico, além de sofrer ameaças. A petição relata que há registros fotográficos das lesões e áudios de testemunhas que confirmariam as agressões.

“O acusado foi agredido com chutes, socos, estrangulamento e teve um saco plástico colocado sobre sua cabeça para sufocamento”, descreve o documento da defesa, que também menciona a violação de direitos fundamentais e pede o desentranhamento de provas obtidas sob coação, além do relaxamento da prisão por ilegalidade.

Apesar da gravidade das acusações, o juiz entendeu que as alegações, isoladamente, não configuram nulidade do flagrante, mas destacou que “devem ser apuradas na via adequada”. Além disso, determinou que a Polícia Civil apresente, com urgência, os exames de corpo de delito realizados nos presos. Leia mais: Justiça mantém presos acusados de matar entregador a tiros em Sorriso; crime foi encomendado por R$ 10 mil

Carlos Augusto, seu irmão Bruno Henrique Gonçalves, e os outros dois acusados — Wandersson José de Sousa e Josciel de Sousa Santos — são apontados pela Polícia Civil como participantes diretos da execução do entregador, registrada por câmeras de segurança em plena luz do dia. A motivação do crime teria sido uma desavença pessoal, e o assassinato teria sido encomendado por R$ 10 mil.

A denúncia de tortura será analisada pelo Ministério Público, responsável por fiscalizar a atuação policial e garantir o respeito aos direitos dos presos. O caso segue sob investigação.

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