A juíza substituta da Vara Única de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, Rafaella Karla de Oliveira Barbosa, manteve nessa terça-feira (04.02) a prisão de Flávio Andrade Ferreira, acusado de matar com golpes de foice Leonardo Costa da Silva, 39 anos, na última segunda (03) em um garimpo da cidade.
Consta da decisão que Flávio passou por audiência de custódia em que foi homologado o auto de prisão em flagrante, sendo convertida a prisão em preventiva.
“Converto a prisão em flagrante de Flavio Andrade Ferreira em prisão preventiva, com finalidade de preservação da ordem pública e social e da garantia de aplicação da lei penal, com fulcro nos arts. 312 e 313, I, do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão.
A juíza Rafaella Karla destacou que, embora o acusado não tenha confessado espontaneamente o delito na delegacia, os investigadores relataram em seus depoimentos que, momento antes da abordagem, Flávio Andrade, livre de qualquer coação, confessou o crime.
“Além disso, cabe ainda destacar que, a partir do depoimento da testemunha ocular, os envolvidos tiveram uma discussão em data pretérita, porém, no dia dos fatos não houve nenhuma briga ou discussão e mesmo assim, o acusado, de forma violenta e fria, atingiu a vítima com golpes de foice, até a sua morte”, diz outro trecho da decisão.
A morte
Consta dos autos que uma testemunha fez o seguinte relato na delegacia: por volta das 01h00 de segunda (03), o depoente encontrou Leonardo Costa no Bar do Baiano (que fica na região do garimpo Coopemiga), onde permaneceram por aproximadamente 20 minutos ingerindo cerveja e pinga. Na sequência, Flávio Andrade chegou ao estabelecimento, passou por Leonardo, atravessou a rua e pegou uma foice no ponto de parada de ônibus.
Segundo a testemunha, Flávio voltou com a foice ao bar, desferindo um golpe na cabeça de Leonardo, e após a vítima cair ao chão, o acusado ainda o golpeou outras duas vezes no rosto e na região do pescoço.
Flávio foi localizado posteriormente pelos policiais militares e ainda indicou que a arma do crime estava em um barraco abandonado no garimpo, escondida debaixo de um colchão. A foice foi encontrada suja de sangue e com vestígios de cabelo.
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